terça-feira, 3 de novembro de 2020

ELETIVAS AFRICANIDADES -------- 8º e 9º ANOS Prof.ª Helenice---- 4º Bimestre

 E E PROF DR LAURO PEREIRA TRAVASSOS

Roteiro de atividade 

PROFª HELENICE

ELETIVAS AFRICANIDADES                   8º e 9º ANOS    4º Bimestre

 

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O ELEFANTE, ESCRAVO DO COELHO

Uma vez, o Coelho andava a passear e encontrou um grande ajuntamento de animais sentados à sombra deuma árvore. Cheio de curiosidade, quis logo saber do motivo daquela reunião e perguntou:

— Então o que é que se passa? Que novidades há por aqui?

Um dos animais explicou:

— Trata-se de um milando e estamos à espera do Elefante, o nosso chefe, para o resolver.

— O quê?... O quê?... O Elefante vosso chefe? — perguntou o Coelho, franzindo a testa.

E continuou:

— O Elefante não é chefe nenhum! O Elefante é meu escravo e leva-me sempre às costas a qualquer parteque eu queira!

Alguns do grupo admiraram-se:

— Como pode o Elefante ser teu escravo se tu és tão pequeno?

— O ser pequeno nada tem a ver com o meu valor — replicou o Coelho.

E, em tom autoritário, acrescentou:

— Já vos disse e torno a dizer que o Elefante não é chefe, é meu escravo, e por isso, vocês podem ir emboradaqui, que nesta coisa de resolver milandos ele não tem nada que se meter. Dito isto, o Coelho dirigiu os passos para sua casa e muitos dos animais foram-se também embora dali por terem acreditado nas suas palavras.

Algum tempo depois, chegou o Elefante e perguntou:

— Então onde estão os outros que aqui faltam? Atrasaram-se na viagem?

— Não! — explicaram-lhe os poucos animais que lá tinham ficado. — Os que aqui faltam foram-se embora há pouco tempo, porque passou neste lugar o Coelho e disse-nos que tu, Elefante, não és chefe, mas sim, umescravo dele.

O Elefante tremeu todo de indignação e, muito furioso, resmungou:

— Ah, Coelho malandro! Coelho vigarista!... Deixa lá que, hoje mesmo, me darás conta de palavras tão injuriosas e tão vis!...

Entretanto, o Coelho chegou a casa e fingiu-se doente. A mulher, cheia de pena, foi estender uma esteira e o Coelho deitou-se nela.

Daí a momentos chegou a Impala, que era cunhada do Coelho, avisando-o de que o Elefante já se aproximava para lhe fazer mal. E, transmitido o recado, retirou-se.

O Coelho, manhoso, entrou então em grandes convulsões, soltando, ao mesmo tempo, gemidos tão

lastimosos que era mesmo de partir o coração.

Chegou o Elefante que se pôs a roncar, muito mal disposto:

— Ó Coelho, ó malandro, salta depressa cá para fora, que tens de me acompanhar.

O Coelho murmurou, a gemer e entrecortando as palavras:

— Oh! Por... fa... vor! Des... cul... pe-me... porque eu... não... es...tou... bom!... dói-me mui...to... o cor... poto...do! Isto foi... um mal que me deu de re... pen... te...

— Não quero saber! Seja como for, tens de vir comigo ao lugar onde estão reunidos os outros animais,porque ouvi dizer que tiveste o descaramento de enxovalhar o meu título de chefe e de dizer que eu sou teu escravo — replicou o Elefante. 

— Tens to... da a ra... zão... mas o cer... to é que eu... não aguen... to ca... mi... nhar... para te po... der...acom... pa... nhar!

— Já te disse, tens de vir comigo, custe o que custar, mesmo que eu tenha de te levar às costas — ordenou o Elefante.

— Então só se for desse mo... do, mas fi... ca... sa... ben... do que mes... mo assim a via... gem me vai ser muito... pe... no... sa.

E, logo a seguir, chamou a mulher e disse, chorosamente:

— Dá cá a minha ca... mi... sa nova. Hi... Hi... Hi... Hi... vai tam... bém bus... car as minhas cal... ças no... vas.

E, depois:

— Já a... go... ra, traz tam... bém os meus sa... pa... tos no... vos! É que po... de a... con... te... cer que eu morra e, ao me... nos, que... ro morrer com os meus tra... jes mais ricos.

Uma vez o Coelho vestido e calçado, o Elefante abaixou-se e o Coelho saltou-lhe para as costas, onde se instalou muito bem instalado.

Estava um calor de rachar pedras. Antes de partir, o Coelho gritou para a mulher:

— Ó mulher, dá-me cá a sombrinha porque está muito calor... e posso agravar os meus males com alguma insolação.

O Elefante, em grandes e rápidas passadas, pôs-se a caminho da reunião. Quando se aproximavam do lugar, o Coelho, deixando de fingir que estava doente, ensaiou uma atitude de pessoa importante e esboçou um sorriso feliz.

Os outros animais ao verem o Coelho assim todo solene e bem apresentado, às costas do Elefante, começaram todos com grandes exclamações:

— Olha! Olha!... Sempre é verdade o que o Coelho dizia. O Elefante é escravo dele... pois que o traz às costas.

Quando o Elefante parou, o Coelho deu um salto, muito ágil e elegante, para o chão e, tomando a palavra, dirigiu-se assim aos outros animais:

— Estão a ver?... Estão a ver?... Eu não vos dizia que o Elefante é o meu escravo?

Todos os animais presentes romperam em grande gritaria, clamando:

— É verdade, sim senhor, é verdade. Tu, Elefante, não és chefe nenhum!... És escravo do Coelho pois o carregas às costas.

O Elefante só então deu pelo acto de estupidez que cometera e, cheio de vergonha, desandou dali para fora.

Como sabemos os contos africanos são carregados de ensinamentos!

1) Qual é o ensinamento presente neste conto?

2) Crie uma ilustração para esse conto,use a criatividade,você pode desenhar ou fazer colagem!


Fonte: Contos Moçambicanos: INLD, 1979 http://www.terravista.pt/Bilene/1494/elefante.htmO 


Queridos alunos, estamos no último bimestre, não deixe de realizar asatividades!!

https://tse2.mm.bing.net/th?id=OIP.U3Ro_7In0oTVUtEjykUiPAHaFj&pid=Api&P=0&w=214&h=161

Enviar as atividades para o e-mail: helenicejesus@prof.educacao.sp.gov.br

Quem tem acesso ao  o Google ClassRoom, pode realizar as atividades direto no aplicativo.