2º SA ( Sociologia) - O que é e pra que serve a Sociologia ? Assistir aos vídeos e fazer um relatório.
E-mail paulomsilva@prof.educacao.sp.gov.br
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O NEOCOLONIALISMO E SUAS REPERCUSSÕES
A industrialização do continente europeu marcou um intenso processo de expansão econômica. Durante a Segunda Revolução Industrial, o contexto econômico era marcado pelas seguintes características: o crescimento dos parques industriais e o acúmulo de capitais fizeram com que as grandes potências econômicas da Europa buscassem a ampliação de seus mercados e procurassem maiores quantidades de matéria-prima disponíveis a baixo custo. Foi nesse contexto que, a partir do século XIX, as nações industriais buscaram explorar regiões na África e Ásia. Essas nações eram Alemanha, França, Bélgica, Holanda, Itália, Rússia, EUA e Japão, sendo que a Grã-Bretanha possuía o maior império colonial do mundo até a época da Primeira Guerra Mundial.
Gradativamente, os governos europeus intervieram politicamente nessas regiões com o interesse de atender a demanda de seus grandes conglomerados industriais. Distinto do colonialismo do século XVI, o neocolonialismo do século XIX era uma modalidade de exploração pretendia fazer das áreas dominadas grandes mercados de consumo de seus bens industrializados e, ao mesmo tempo, polos de fornecimento de matéria-prima. Além disso, o grande crescimento da população europeia fez da dominação afro-asiática uma alternativa frente ao excedente populacional da Europa que, no século XIX, abrigava mais de 400 milhões de pessoas.
Apesar de contarem com grandes espaços de dominação, o controle das regiões alvo da prática neocolonial impulsionou um forte acirramento político entre as potências europeias. Os monopólios comerciais almejados pelas grandes potências industriais fizeram do século XIX um período marcado por fortes tensões políticas. Em consequência à intensa disputa dos países europeus, o século XX abriu suas portas para o primeiro conflito mundial da era contemporânea.
Somado aos interesses de ordem político-econômica, a prática imperialista também buscou suas bases de sustentação ideológica. A teoria do darwinismo social, de Hebert Spencer, pregava que a Europa representava o ápice do desenvolvimento das sociedades humanas. Em contrapartida, a África e a Ásia eram um grande reduto de civilizações “infantis” e “primitivas”. Influenciado por esse mesmo conceito, o escritor britânico Rudyard Kipling defendia que o repasse dos “desenvolvidos” conceitos da cultura europeia aos afro-asiáticos representava “o fardo do homem branco” no mundo.
Com relação à África, podemos destacar a realização da Conferência de Berlim (1884 – 1885), na qual várias potências europeias reuniram-se com o objetivo de dividir os territórios coloniais no continente africano. Nessa região podemos destacar o marcante processo de dominação britânica, que garantiu monopólio sob o Canal de Suez, no Norte da África. Fazendo ligação entre os mares Mediterrâneo e Vermelho, essa grande construção foi de grande importância para as demandas econômicas do Império Britânico. Na região sul, os britânicos empreenderam a formação da União Sul-Africana graças às conquistas militares obtidas na Guerra dos Bôeres (1899 – 1902). Essa era uma região rica em minérios e, por isso, a Grã-Bretanha transformou a África do Sul e parte de seu império colonial.
Na Índia, a presença britânica também figurava como uma das maiores potências coloniais da região. Após a vitória na Guerra dos Sete Anos (1756 – 1763), a Inglaterra conseguiu formar um vasto império marcado por uma pesada imposição de sua estrutura político-administrativa. A opressão inglesa foi alvo de uma revolta nativa que se deflagrou na Guerra dos Sipaios, ocorrida entre 1735 e 1741. Para contornar a situação, a Coroa Inglesa transformou a colônia indiana em parte do Império Britânico.
Resistindo historicamente ao processo de ocupação, desde o século XVI, o Japão conseguiu impedir por séculos a dominação de seus territórios. Somente na segunda metade do século XIX, que as tropas militares estadunidenses conseguiram forçar a abertura econômica japonesa. Com a entrada dos valores e conceitos da cultura ocidental no Japão, ocorreu uma reforma político-econômica que industrializou a economia e as instituições do país. Tal fato ficou conhecido como a Revolução Meiji.
Com tais reformas, o Japão saiu de sua condição econômica feudal para inserir-se nas disputas imperialistas. Em 1894, os japoneses declararam guerra à China e passaram a controlar a região da Manchúria. Igualmente interessados na exploração da mesma região, os russos disputaram a região chinesa na Guerra Russo-Japonesa, de 1904. Após confirmar a dominação sob a Manchúria, os japoneses também disputaram regiões do oceano Pacífico com os EUA, o que acarretou em conflitos entre essas potências, entre as décadas de 1930 e 1940.
Outras guerras e conflitos foram frutos do neocolonialismo. Entre elas, podemos inclusive destacar a Primeira e a Segunda Guerra Mundial.
Vídeo complementar : https://www.youtube.com/watch?v=FY0Ch1zthF0
ROTEIRO DE QUESTÕES:
1-O que marcou o contexto econômico da Segunda Revolução Industrial? Quais eram as potências industriais dessa época?
2-Dê as características do neocolonialismo do século XIX. Por que a dominação europeia sobre a África e a Ásia era importante para o crescimento populacional das potências europeias?
3-Relacione o processo de dominação sobre os espaços territoriais com o acirramento político entre as potências industriais?
4-O que defendia o darwinismo social ? O que Rudyard Kipling defendia em relação à Ásia e à África?
5-Qual foi objetivo maior da Conferência de Berlim? Por que o controle sobre o Canal de Suez era importante para o Império Britânico?
6-Por que a União Sul-Africana (África do Sul) foi incorporada ao Império Britânico? Que guerra marcou esse processo?
7-Descreva o processo de dominação da Índia pela Grã-Bretanha.
8-Na história do Japão, o que se entende por Revolução Meiji?
9-Que conquista foi realizada pelo Japão em 1894? Por que ocorreu a Guerra Russo-Japonesa?
10-Que conflitos marcaram a história do Japão entre 1930 e 1940?
O NEOCOLONIALISMO E SUAS REPERCUSSÕES
A industrialização do continente europeu marcou um intenso processo de expansão econômica. Durante a Segunda Revolução Industrial, o contexto econômico era marcado pelas seguintes características: o crescimento dos parques industriais e o acúmulo de capitais fizeram com que as grandes potências econômicas da Europa buscassem a ampliação de seus mercados e procurassem maiores quantidades de matéria-prima disponíveis a baixo custo. Foi nesse contexto que, a partir do século XIX, as nações industriais buscaram explorar regiões na África e Ásia. Essas nações eram Alemanha, França, Bélgica, Holanda, Itália, Rússia, EUA e Japão, sendo que a Grã-Bretanha possuía o maior império colonial do mundo até a época da Primeira Guerra Mundial.
Gradativamente, os governos europeus intervieram politicamente nessas regiões com o interesse de atender a demanda de seus grandes conglomerados industriais. Distinto do colonialismo do século XVI, o neocolonialismo do século XIX era uma modalidade de exploração pretendia fazer das áreas dominadas grandes mercados de consumo de seus bens industrializados e, ao mesmo tempo, polos de fornecimento de matéria-prima. Além disso, o grande crescimento da população europeia fez da dominação afro-asiática uma alternativa frente ao excedente populacional da Europa que, no século XIX, abrigava mais de 400 milhões de pessoas.
Apesar de contarem com grandes espaços de dominação, o controle das regiões alvo da prática neocolonial impulsionou um forte acirramento político entre as potências europeias. Os monopólios comerciais almejados pelas grandes potências industriais fizeram do século XIX um período marcado por fortes tensões políticas. Em consequência à intensa disputa dos países europeus, o século XX abriu suas portas para o primeiro conflito mundial da era contemporânea.
Somado aos interesses de ordem político-econômica, a prática imperialista também buscou suas bases de sustentação ideológica. A teoria do darwinismo social, de Hebert Spencer, pregava que a Europa representava o ápice do desenvolvimento das sociedades humanas. Em contrapartida, a África e a Ásia eram um grande reduto de civilizações “infantis” e “primitivas”. Influenciado por esse mesmo conceito, o escritor britânico Rudyard Kipling defendia que o repasse dos “desenvolvidos” conceitos da cultura europeia aos afro-asiáticos representava “o fardo do homem branco” no mundo.
Com relação à África, podemos destacar a realização da Conferência de Berlim (1884 – 1885), na qual várias potências europeias reuniram-se com o objetivo de dividir os territórios coloniais no continente africano. Nessa região podemos destacar o marcante processo de dominação britânica, que garantiu monopólio sob o Canal de Suez, no Norte da África. Fazendo ligação entre os mares Mediterrâneo e Vermelho, essa grande construção foi de grande importância para as demandas econômicas do Império Britânico. Na região sul, os britânicos empreenderam a formação da União Sul-Africana graças às conquistas militares obtidas na Guerra dos Bôeres (1899 – 1902). Essa era uma região rica em minérios e, por isso, a Grã-Bretanha transformou a África do Sul e parte de seu império colonial.
Na Índia, a presença britânica também figurava como uma das maiores potências coloniais da região. Após a vitória na Guerra dos Sete Anos (1756 – 1763), a Inglaterra conseguiu formar um vasto império marcado por uma pesada imposição de sua estrutura político-administrativa. A opressão inglesa foi alvo de uma revolta nativa que se deflagrou na Guerra dos Sipaios, ocorrida entre 1735 e 1741. Para contornar a situação, a Coroa Inglesa transformou a colônia indiana em parte do Império Britânico.
Resistindo historicamente ao processo de ocupação, desde o século XVI, o Japão conseguiu impedir por séculos a dominação de seus territórios. Somente na segunda metade do século XIX, que as tropas militares estadunidenses conseguiram forçar a abertura econômica japonesa. Com a entrada dos valores e conceitos da cultura ocidental no Japão, ocorreu uma reforma político-econômica que industrializou a economia e as instituições do país. Tal fato ficou conhecido como a Revolução Meiji.
Com tais reformas, o Japão saiu de sua condição econômica feudal para inserir-se nas disputas imperialistas. Em 1894, os japoneses declararam guerra à China e passaram a controlar a região da Manchúria. Igualmente interessados na exploração da mesma região, os russos disputaram a região chinesa na Guerra Russo-Japonesa, de 1904. Após confirmar a dominação sob a Manchúria, os japoneses também disputaram regiões do oceano Pacífico com os EUA, o que acarretou em conflitos entre essas potências, entre as décadas de 1930 e 1940.
Outras guerras e conflitos foram frutos do neocolonialismo. Entre elas, podemos inclusive destacar a Primeira e a Segunda Guerra Mundial.
Vídeo complementar : https://www.youtube.com/watch?v=FY0Ch1zthF0
ROTEIRO DE QUESTÕES:
1-O que marcou o contexto econômico da Segunda Revolução Industrial? Quais eram as potências industriais dessa época?
2-Dê as características do neocolonialismo do século XIX. Por que a dominação europeia sobre a África e a Ásia era importante para o crescimento populacional das potências europeias?
3-Relacione o processo de dominação sobre os espaços territoriais com o acirramento político entre as potências industriais?
4-O que defendia o darwinismo social ? O que Rudyard Kipling defendia em relação à Ásia e à África?
5-Qual foi objetivo maior da Conferência de Berlim? Por que o controle sobre o Canal de Suez era importante para o Império Britânico?
6-Por que a União Sul-Africana (África do Sul) foi incorporada ao Império Britânico? Que guerra marcou esse processo?
7-Descreva o processo de dominação da Índia pela Grã-Bretanha.
8-Na história do Japão, o que se entende por Revolução Meiji?
9-Que conquista foi realizada pelo Japão em 1894? Por que ocorreu a Guerra Russo-Japonesa?
10-Que conflitos marcaram a história do Japão entre 1930 e 1940?
Leia e interprete o texto a seguir para responder às questões:
O que é patrimônio histórico?
O patrimônio histórico representa os bens materiais ou naturais que possuem importância na história de determinada sociedade ou comunidade. Pode ser prédios, ruínas, estátuas, esculturas, templos, igrejas, praças, ou até mesmo parte de uma cidade, por exemplo, o centro histórico.
Esse conceito começou a ser disseminado a partir do século XIX após a Revolução Francesa (1789). Esses bens foram ao longo do tempo construídos ou desenvolvidos pelas sociedades. Estão intimamente relacionados com a identidade do local e representam uma importante fonte de pesquisa atual.
Através do patrimônio histórico podemos, portanto, conhecer a história e tudo que a envolve. Por exemplo, a arte, as tradições, os saberes e a cultura de determinado povo.
Por esse motivo, existem atualmente diversos órgãos que objetivam a conservação e preservação desses bens. Sendo assim, o patrimônio histórico reúne o conjunto de manifestações que foram desenvolvidas ao longo do tempo e que carrega aspectos simbólicos.
Segundo o Decreto Lei n.º 25 de 1937:
“Art. 1.º - Constitui o patrimônio histórico e artístico nacional o conjunto dos bens móveis e imóveis existentes no país e cuja conservação seja de interesse público, quer por sua vinculação a fatos memoráveis da história do Brasil, quer por seu excepcional valor arqueológico ou etnográfico, bibliográfico ou artístico."
Patrimônio Histórico e Patrimônio Cultural
Aliado ao conceito de patrimônio histórico está o de patrimônio cultural. Segundo o artigo 216.º da Constituição, o patrimônio cultural representa os bens:
“(...) de natureza material e imaterial, tomados individualmente ou em conjunto, portadores de referência à identidade, à ação, à memória dos diferentes grupos formadores da sociedade brasileira”.
Sendo assim, o patrimônio cultural pode ser dividido em:
Patrimônio Cultural Material: como o próprio nome indica, representa os bens culturais materiais, por exemplo, museus, bibliotecas, universidades, etc.
Patrimônio Cultural Imaterial: também chamado de “patrimônio intangível”, ele reúne diversas expressões culturais, por exemplo, os saberes, os costumes, as festas, as danças, as lendas, as músicas, etc.
Vídeo complementar: https://www.youtube.com/watch?v=BUU2nI-QZ_U
Roteiro de questões:
1-O que representa o patrimônio histórico ? Cite exemplos.
2- Quando esse conceito começou a ser disseminado ?
3-O que podemos conhecer através do patrimônio histórico?
4-De que modo o patrimônio cultural pode ser dividido? Dê exemplos de cada um deles.
“ATIVIDADE DE HISTÓRIA – A REVOLUÇÃO AMERICANA “
A Revolução Americana é também conhecida como a independência dos Estados Unidos e foi declarada em 4 de julho de 1776. Com esse processo, houve a separação das Treze Colônias da América do Norte do vínculo colonial que existia desde meados do século XVII e a transformação dos Estados Unidos em uma nação independente, com um sistema republicano e federalista. Apesar de ter se baseado nos ideais iluministas, que pregavam ideais de liberdade e de igualdade de direitos, a independência dos Estados Unidos foi realizada pela elite colonial e visava à garantia dos interesses e privilégios dessa classe. Ela serviu de inspiração para outros movimentos semelhantes na América.
O movimento de independência dos Estados Unidos foi motivado pelo descontentamento com a ampliação da exploração da metrópole sobre a colônia. As Treze Colônias foram constituídas com um alto grau de autonomia – diferentemente do que aconteceu com as colônias espanholas e portuguesas –, e, a partir do século XVIII, as tentativas inglesas de reduzir essa autonomia geraram insatisfação. Durante o século XVII, a Inglaterra envolveu-se em uma série de conflitos, tanto na Europa como na América do Norte, o que afetou seus cofres. Desses conflitos, o de maior importância foi a Guerra dos Sete Anos (1756-1763) que colocou ingleses e franceses em guerra. Ao final dessa guerra, a Inglaterra saiu vitoriosa, porém bastante endividada.
A vitória inglesa na Guerra dos Sete Anos permitiu-lhes ter acesso a uma grande quantidade de terras no oeste, que eram do interesse dos colonos. A Coroa inglesa, porém, proibiu a ocupação dessas terras para evitar confrontos com as nações indígenas, desagradando os colonos da América. Com o envolvimento nessas guerras, a Inglaterra viu-se endividada, e a colônia passou a ser enxergada como forma de obter a recuperação econômica. Isso fez com que diversos impostos visando ao aumento da arrecadação fossem decretados pela Inglaterra. Além disso, havia outro objetivo com a criação desses impostos. Esses impostos e leis também pretendiam impor controle sobre a economia da colônia para torná-la mais dependente da metrópole. Essa necessidade de controle sobre a economia das Treze Colônias e de torná-la dependente das mercadorias inglesas era consequência do desenvolvimento fabril da metrópole, que aconteceu com a Revolução Industrial. O aumento do controle metropolitano sobre a colônia levou a Inglaterra a decretar inúmeras leis bastante impopulares na América.
Primeiramente, pode ser destacada a Lei do Selo de 1765 em que se decretava que todo documento impresso na colônia somente seria considerado válido ao receber um selo inglês. Esse decreto provocou muitos protestos na América, o que fez os ingleses revogarem essa lei no ano seguinte. O estopim que levou ao início do movimento de independência foi a Lei do Chá, que determinava o monopólio da venda do chá na América para a Companhia das Índias Orientais. Isso desagradou às elites locais e causou uma pequena revolta conhecida como Festa do Chá de Boston, na qual colonos invadiram o porto de Boston e lançaram mais de 300 caixas de chá ao mar. A demonstração de rebeldia dos colonos foi acompanhada de forte repressão da colônia, que respondeu ocupando a colônia de Massachusetts, impondo a proibição de reuniões nessa cidade e exigindo o pagamento dos prejuízos por parte dos colonos. Essas determinações ficaram conhecidas como Leis Intoleráveis.
Após as Leis Intoleráveis, a elite colonial reuniu-se no Primeiro Congresso Continental da Filadélfia, em que representantes das colônias, com exceção da Geórgia, redigiram um documento para o rei inglês Jorge III no qual protestavam contra as medidas impostas, mas reafirmavam a lealdade para com o rei inglês. A resposta da metrópole foi mais repressão, com o aumento no número de soldados instalados na colônia.
Isso resultou na realização do Segundo Congresso Continental da Filadélfia em que a elite colonial reuniu-se novamente e concluiu que não era mais possível manter-se sob o domínio inglês em vista do desrespeito da metrópole com os interesses coloniais. Assim, foi redigida a declaração de independência, que foi emitida no dia 4 de julho de 1776. Por ter sido a sede de dois congressos reunidos pelos colonos, a cidade de Filadélfia foi a primeira capital dos Estados Unidos da América. Mais tarde, em 1804, a cidade de Washington foi fundada para ser a nova capital do país. Quando as treze colônias iniciaram a luta contra a Inglaterra, a França, a Espanha e a Holanda, países rivais da Inglaterra, deram ajuda militar e financeira aos colonos com o objetivo de prejudicar a Inglaterra. O processo de independência das colônias inglesas levou a um conflito armado com a Inglaterra, que procurava assegurar o seu domínio sobre a colônia. A guerra de independência dos Estados Unidos estendeu-se até 1781, com uma batalha na cidade de Yorktown. Com o fim da guerra, os ingleses assinaram o Tratado de Paris em 1783, no qual reconheceram a independência de sua ex-colônia. A partir da independência, as Treze Colônias adotaram um modelo republicano e um sistema federalista que garantia a aplicação de autonomia para os estados. O nome adotado para a nova nação foi o de Estados Unidos da América. Mais tarde, em 1789, George Washington, líder militar da guerra de independência, foi eleito o primeiro presidente do país.
Vídeo complementar do YOUTUBE : https://www.youtube.com/watch?v=MzaCiY57CW8
Questões:
1-O que foi a Revolução Americana? O que pregavam os ideais iluministas e qual grupo social liderou o processo de independência?
2-Como as trezes colônias foram constituídas e qual foi o resultado da Guerra dos Sete Anos para a Inglaterra?
3-Por que a Inglaterra criou impostos nas treze colônias após a Guerra dos Sete Anos? Qual era o outro objetivo com a criação desses impostos?
4-O que a Lei do Selo estabelecia e como os colonos reagiram a ela?
5-O que estabelecia a Lei do Chá? O que foi a Festa do Chá em Boston?
6-O que foram as Leis Intoleráveis?
7-O que os representantes das colônias fizeram do Primeiro Congresso Continental de Filadélfia? Qual foi a única colônia que não enviou representantes a esse congresso?
8-O que foi decidido no Segundo Congresso Continental de Filadélfia? Qual cidade foi a primeira capital dos EUA e , a partir de 1804, que cidade tornou-se a nova capital?
9-Quais foram os países que deram ajuda militar e financeiras às treze colônias e por que eles fizeram isso? Qual batalha marcou a vitória das treze colônias diante dos ingleses?
10-Como se deu a paz entre os colonos e a Inglaterra em 1783 ? Quem foi o primeiro presidente eleito dos Estados Unidos da América?
ATIVIDADE DE GEOGRAFIA – PROJEÇÕES CARTOGRÁFICAS
Se o mundo é redondo – ou geoide, melhor dizendo –, como ele pode ser desenhado em um papel ou quadro plano? É possível fazer isso sem deixar nenhum tipo de distorção, ou seja, sem nada modificar em relação ao mundo real?
A resposta é não. Portanto, quando colocamos os mapas em escala mundial, inevitavelmente existirão “erros” ou modificações propositalmente feitas para não deixar os mapas tão distorcidos ou prejudicar o uso ao qual eles foram destinados. Assim sendo, dizemos que existem diferentes projeções cartográficas.
Conceito: as projeções cartográficas são, portanto, o traço sistemático de linhas referentes ao globo terrestre em uma superfície plana. É a forma de representação do planeta – ou uma parte dele – em um mapa.
Como é impossível não haver distorções nas projeções, os cartógrafos elaboraram diferentes modelos ao longo do tempo, cada um para um intuito. Assim, em vez de tentarmos considerar qual é a projeção “certa” ou a “errada”, precisamos observar suas características para saber qual delas é mais adequada para os diferentes fins.
Se levarmos em conta a forma como as projeções alteram o espaço geográfico, podemos dividi-las em:
Projeções conformes: são aquelas que alteram as áreas dos continentes (ou seja, o tamanho deles) e mantêm seus ângulos e formas preservados.
Projeções equivalentes: alteram a forma dos continentes, deixando-os diferentes. Em compensação, o tamanho deles permanece o mesmo em relação ao original.
Projeções afiláticas: alteram tanto a forma quanto as áreas, mas de um modo que essas distorções não sejam tão acentuadas.
Considerando a maneira como as projeções são elaboradas, ou seja, os métodos utilizados e os resultados produzidos, existem três principais tipos de projeções cartográficas: a cilíndrica, a cônica e a plana (também chamada de polar ou azimutal).
Projeções cilíndricas: são projetadas a partir de um cilindro envolvendo a esfera terrestre, de modo que os paralelos e meridianos são reproduzidos no plano após a abertura desse cilindro. O exemplo mais conhecido de projeção cilíndrica é a projeção de Mercator, que altera a área dos continentes e mantém as suas formas.
Projeção de Mercator, exemplo de projeção cilíndrica
Projeções cônicas: são elaboradas quando um cone envolve a esfera terrestre e reproduz a sua superfície. Os meridianos formam linhas retas que partem de um único ponto em comum, enquanto os paralelos formam semicírculos, como podemos ver a seguir.
Projeção de Lambert, um dos mais conhecidos tipos de projeção cônica
Projeções planas: também chamadas de azimutais ou polares, são feitas com um círculo plano colocado sobre uma “face” da Terra, geralmente os polos. Os meridianos também ficam retos e os paralelos formam círculos concêntricos. Observe:
Projeção plana traçada a partir do polo. A ONU utiliza um modelo parecido em sua logomarca
A partir desses modelos, vários tipos de projeções cartográficas foram elaborados. Como já dissemos, a de Mercator é a mais conhecida, sendo mais útil para fins de navegação por manter a proporção das áreas dos oceanos.
A projeção de Peters (imagem a seguir) altera a forma dos continentes e mantém as suas áreas, sendo muito utilizada para representar a importância dos países do hemisfério sul. Ela também é um tipo de projeção cilíndrica.
Na projeção de Peters, os continentes ficam diferentes, mas suas áreas são mantidas
Já a de Robinson, que altera a forma e também as áreas, é muito utilizada para mapas políticos, pois mantém uma relação de proporção, embora as áreas mais a oeste e a leste no mapa fiquem muito diferentes.
A projeção de Robinson é uma das mais utilizadas
Roteiro de questões:
1-O que são projeções cartográficas?
2-Que nome se dá ao profissional que lida com a cartografia?
3-Dê os conceitos das seguintes projeções :
a-conforme;
b-equivalentes;
c-afiláticas.
4-Dê as características da projeção cilíndrica.
5-Dê as características da projeção cônica.
6-Dê as características da projeção plana.
AS GRANDES NAVEGAÇÕES
Este termo se refere a um processo histórico de longa duração, ocorrido entre os séculos XV e XVII, que levou a uma expansão técnica-comercial na Europa. Tal expansão, por sua vez, provocaria a uma grande acumulação de capital neste continente, juntamente com o alargamento das fronteiras geopolíticas, além de tornar a Europa o centro econômico do mundo na Idade Moderna. Portugal, Espanha, França, Holanda e Inglaterra foram as nações europeias que participaram das Grandes Navegações e criaram colônias na América no decorrer dos séculos XVI e XVII.
As primeiras condições para o desenvolvimento deste processo podem ser datadas ainda do século VIII, quando ocorreram as invasões islâmicas na Península Ibérica. A partir do século XII, os reinos cristãos da Península Ibérica, Aragão, Castela, Leão, Navarra e o condado da Catalunha, foram se organizando para expulsar os árabes da região em um processo conhecido como Guerras de Reconquista. Com o passar do tempo, esses reinos deram origem à Espanha e a Portugal. Somente em 1492,os árabes foram expulsos da Península Ibérica. Embora as tentativas por parte dos cristãos para expulsá-los tenham sido frequentes nos séculos seguintes, é inegável que os muçulmanos contribuíram imensamente para a cultura da região ao trazer consigo conhecimentos anteriormente desconhecidos na Península Ibérica.
Entre estes, estavam a bússola e o astrolábio. Estas inovações seriam muito úteis para os portugueses quando procuraram encontrar um novo caminho para ter acesso às riquezas do Oriente. Antes das Grandes Navegações, o comércio com o Oriente Próximo era controlado pelas cidades do norte da Itália, Gênova, Veneza, Pisa e Florença que, sozinhas, controlavam o comércio das especiarias orientais na Europa. As especiarias orientais eram produtos usados na conservação e no preparo de alimentos. Como exemplo, citamos a pimenta-do-reino, a canela, o cravo, a cânfora, o gengibre, entre outras coisas. Havia também o comércio de outros produtos orientais como sedas, tapetes, perfumes etc. Os comerciantes do norte da Itália revendiam a preços altos todos esses produtos, fato que obrigou os portugueses, por exemplo, a tentar encontrar outro caminho marítimo para as Índias.
Índias era a expressão usada pelos europeus para designar as regiões da Ásia de onde vinham as especiarias e demais produtos orientais. De um modo geral, essas regiões asiáticas eram a Arábia, a Pérsia ( atual Irã), a Índia, a China, o Japão e a Indonésia. O poder das cidades do norte da Itália declinou quando os turcos conquistaram definitivamente Constantinopla (atual Istambul - Turquia) em 1453, bloqueando o acesso dos italianos na parte oriental do Mar Mediterrâneo. Neste sentido, podemos, sem dúvida, considerar Portugal o reino pioneiro nas Grandes Navegações. Sua posição geográfica privilegiada e centralização política tornaram possível que, ainda no século XV, o país pudesse lançar as primeiras expedições oficiais. Vale destacar também a aliança entre a Coroa Portuguesa e os grandes comerciantes e donos de navios e o apoio da Igreja Católica, interessada em expandir a fé cristã.
Em 1415, ocorreu a tomada da cidade de Ceuta, importante centro comercial do norte da África; em 1418, seria descoberto o arquipélago dos Açores; em 1434, seria cruzado o temido Cabo Bojador. Mais descobertas ocorreriam nas próximas décadas, seguidas pela exploração das riquezas de África e de seus habitantes. No decorrer do século XV, os portugueses exploravam o comércio dos seguintes produtos na costa ocidental da África: sal, pimenta malagueta, ouro, marfim e escravos. Vale destacar que essas populações africanas escravizadas eram empregadas nas plantações de cana-de-açúcar que os portugueses desenvolveram nas ilhas da Madeira, dos Açores, de Cabo Verde e de São Tomé e Príncipe. Então, em 1487, o navegador Bartolomeu Dias tornou-se o primeiro europeu a cruzar o chamado Cabo das Tormentas (posteriormente renomeado como Cabo da Boa Esperança), atingindo o Oceano Índico.
Com essa grande conquista, a possibilidade de encontrar-se um caminho marítimo direto para as Índias tornou-se uma realidade cada vez mais próxima. No ano de 1498, o navegador português Vasco da Gama atingiu a cidade de Calicute, na Índia, o que representou o domínio de uma rota marítima que deu a Portugal o domínio do comércio do Oriente. A Espanha patrocinou a viagem do genovês Cristóvão Colombo que, em 12 de outubro de 1492, pensou ter atingido as terras do Oriente, quando, na verdade, chegou à ilha de Guanahani ( hoje nas Bahamas). Esse fato ficou historicamente conhecido como “ descoberta da América”. De qualquer forma, essa descoberta fez o reino português procurar um acordo com o vizinho ibérico a fim de renegociar as zonas de influência de cada um no Oceano Atlântico, acertado anteriormente em 1494 no Tratado de Tordesilhas, que determinava que todas as terras localizadas a oeste de um meridiano a 370 léguas (cerca de 1.800 quilômetros) das ilhas de Cabo Verde seriam de possessão espanhola; todas a oeste; seriam de possessão portuguesa. Em 1500, dois anos depois da chegada de Vasco da Gama às Índias, o fidalgo Pedro Álvares Cabral lideraria uma expedição que descobriria a chamada Terra de Vera Cruz – hoje Brasil. Espanha e Portugal continuariam suas explorações oceânicas até o final do século XVI, fundando a base de seus impérios coloniais.
Link de vídeo complementar do YOUTUBE https://www.youtube.com/watch?v=lS_UYBPSTds
Roteiro de questões:
1-De um modo geral, o que foram as Grandes Navegações? O que elas provocaram?
2-Indique os países que participaram das Grandes Navegações e a época em que eles colonizaram a América.
3-O que foram as Guerras de Reconquista? Indique os nomes dos reinos cristãos da Península Ibérica que deram origem a Portugal e à Espanha.
4-Que conhecimentos os árabes trouxeram do Oriente e que foram úteis às grandes viagens marítimas?
5-O que eram as especiarias? Que outros produtos os europeus orientais os europeus adquiriam?
6-Indique as cidades italianas que controlavam o comércio dos produtos orientais na Europa.
7-Dê o significado da expressão “ Índias“.
8-Por que a conquista de Constantinopla em 1453, realizada pelos turcos, prejudicou as cidades italianas? Qual é o nome atual de Constantinopla?
9-Que fatores fizeram de Portugal o país pioneiro das Grandes Navegações?
10-Considerando a expansão marítima e comercial portuguesa no século XV, o que os portugueses realizaram nos anos de 1415, 1418 e 1434?
11-Indique os produtos cujo comércio era explorado pelos portugueses na costa ocidental da África. Onde os portugueses já cultivavam a cana-de-açúcar e que tipo de mão de obra eles empregavam?
12-Indique as realizações dos navegadores portugueses Bartolomeu Dias e Vasco da Gama.
13-Indique a importância histórica da viagem de Cristóvão Colombo.
14-O que o Tratado de Tordesilhas (1494) determinava? Que fato das viagens portuguesas, ocorrido em 1500, relaciona-se com a história do Brasil?