terça-feira, 2 de março de 2021

Atividade de Biologia 2ª Série A e B-----Prof.º Durão

 


E.E. Prof. Dr. Lauro Pereira Travassos 

Material de Biologia 2º Ensino Médio 

 Prof. Durão



Estrutura da membrana 

Também é chamada de membrana celular, membrana citoplasmática ou  plasmalema. 

Toda a célula, seja procarionte ou eucarionte, apresenta uma membrana  que isola do meio exterior: a membrana plasmática. Esta membrana é tão fina  (entre 6 a 9 nm) que os mais aperfeiçoados microscópios ópticos não  conseguiram torná-la visível. 

Foi somente após o desenvolvimento da microscopia eletrônica que a  membrana plasmática pôde ser observada. Nas grandes ampliações obtidas  pelo microscópio eletrônico, cortes transversais da membrana aparecem como  uma linha mais clara entre duas mais escuras, delimitando o contorno de cada  célula. 

Constituição química da membrana plasmática 

Estudos com membranas plasmáticas isoladas revelam que  seus componentes mais abundantes são fosfolipídios, colesterol e  proteínas. É por isso que se costumam dizer que as membranas  plasmáticas têm constituição lipoprotéica.

A organização molecular da membrana plasmática 

Uma vez identificados os fosfolipídios e as proteínas como os  principais componentes moleculares da membrana, os cientistas  passaram a investigar como estas substâncias estavam organizadas. 

O modelo do mosaico fluído 

A disposição das moléculas na membrana plasmática foi  elucidada recentemente, sendo que os lipídios formam uma camada  dupla e contínua, no meio da qual se encaixam moléculas de  proteína. A dupla camada de fosfolipídios é fluida, de consistência  oleosa, e as proteínas mudam de posição continuamente, como se  fossem peças de um mosaico. Esse modelo foi sugerido por dois  pesquisadores, Singer e Nicholson, e recebeu o nome de Modelo  Mosaico Fluido. 

Os fosfolipídios têm a função de manter a estrutura da  membrana e as proteínas têm diversas funções. As membranas  plasmáticas de um eucariócitos contêm quantidades particularmente  grande de colesterol. As moléculas de colesterol aumentam as 

propriedades da barreira da bicamada lipídica e devido a seus rígidos  anéis planos de esteroides diminuem a mobilidade e torna a  bicamada lipídica menos fluida. 

Transporte de substâncias pela membrana  

A capacidade de uma membrana de ser atravessada por algumas  substâncias e não por outras define sua permeabilidade

Em uma solução, encontram-se o solvente (meio líquido dispersante) e  o soluto (partícula dissolvida). Classificam-se as membranas, de acordo com a  permeabilidade, em 4 tipos: 

a) Permeável: permite a passagem do solvente e do soluto; 

b) Impermeável: não permite a passagem do solvente nem do soluto; c) Semipermeável: permite a passagem do solvente, mas não do soluto; 

d) Seletivamente permeável: permite a passagem do solvente e de alguns tipos  de soluto. 

Nessa última classificação se enquadra a membrana plasmática.

A passagem aleatória de partículas sempre ocorre de um local de maior  concentração para outro de concentração menor (a favor do gradiente de  concentração). Isso se dá até que a distribuição das partículas seja uniforme. A  partir do momento em que o equilíbrio for atingido, as trocas de substâncias entre  dois meios tornam-se proporcionais. 

A passagem de substâncias através das membranas celulares envolve  vários mecanismos, entre os quais podemos citar: 

Transporte passivo 

Osmose 

A água se movimenta livremente através da membrana, sempre do local  de menor concentração de soluto para o de maior concentração. A pressão com  a qual a água é forçada a atravessar a membrana é conhecida por pressão  osmótica

A osmose não é influenciada pela natureza do soluto, mas pelo número  de partículas. Quando duas soluções contêm a mesma quantidade de partículas  por unidade de volume, mesmo que não sejam do mesmo tipo, exercem a  mesma pressão osmótica e são isotônicas. Caso sejam separadas por uma  membrana, haverá fluxo de água nos dois sentidos de modo proporcional. 

Quando se comparam soluções de concentrações diferentes, a que  possui mais soluto e, portanto, maior pressão osmótica é chamada hipertônica,  e a de menor concentração de soluto e menor pressão osmótica é hipotônica.  Separadas por uma membrana, há maior fluxo de água da solução hipotônica  para a hipertônica, até que as duas soluções se tornem isotônicas.

A osmose pode provocar alterações de volume celular. Uma hemácia  humana é isotônica em relação a uma solução de cloreto de sódio a 0,9%  (“solução fisiológica”). Caso seja colocada em um meio com maior concentração,  perde água e murcha. Se estiver em um meio mais diluído (hipotônico), absorve  água por osmose e aumenta de volume, podendo romper (hemólise). 

Se um paramécio é colocado em um meio hipotônico, absorve água por  osmose. O excesso de água é eliminado pelo aumento de frequência dos  batimentos do vacúolo pulsátil (ou contrátil). 

Protozoários marinhos não possuem vacúolo pulsátil, já que o meio  externo é hipertônico.

A pressão osmótica de uma solução pode ser medida em  um osmômetro. A solução avaliada é colocada em um tubo de vidro fechado  com uma membrana semipermeável, introduzido em um recipiente contendo  água destilada, como mostra a figura. 

Por osmose, a água entra na solução fazendo subir o nível líquido no tubo  de vidro. Como no recipiente há água destilada, a concentração de partículas na  solução será sempre maior que fora do tubo de vidro. Todavia, quando o peso  da coluna líquida dentro do tubo de vidro for igual à força osmótica, o fluxo de  água cessa. Conclui-se, então, que a pressão osmótica da solução é igual à  pressão hidrostática exercida pela coluna líquida. 

Difusão 

Consiste na passagem das moléculas do soluto, do local de maior para o  local de menor concentração, até estabelecer um equilíbrio. 

É um processo lento, exceto quando o gradiente de concentração for  muito elevado ou as distâncias percorridas forem curtas. A passagem de  substâncias, através da membrana, se dá em resposta ao gradiente de  concentração.

Difusão Facilitada 

Certas substâncias entram na célula a favor do gradiente de  concentração e sem gasto energético, mas com uma velocidade maior do que  a permitida pela difusão simples. 

Isto ocorre, por exemplo, com a glicose, com alguns aminoácidos e  certas vitaminas. A velocidade da difusão facilitada não é proporcional à  concentração da substância. Aumentando-se a concentração, atinge-se um  ponto de saturação, a partir do qual a entrada obedece à difusão simples. Isto  sugere a existência de uma molécula transportadora chamada permease na  membrana. 

Quando todas as permeases estão sendo utilizadas, a velocidade não  pode aumentar. Como alguns solutos diferentes podem competir pela mesma  permease, a presença de um dificulta a passagem do outro. 

Transporte Ativo  

Neste processo, as substâncias são transportadas com gasto de energia,  podendo ocorrer do local de menor para o de maior concentração (contra o  gradiente de concentração). 

Esse gradiente pode ser químico ou elétrico, como no transporte de íons.  O transporte ativo age como uma “porta giratória”. A molécula a ser transportada  liga-se à molécula transportadora (proteína da membrana) como uma enzima se  liga ao substrato. A molécula transportadora gira e libera a molécula carregada  no outro lado da membrana. 

Gira, novamente, voltando à posição inicial. A bomba de sódio e  potássio liga-se em um íon Na+ na face interna da membrana e o libera na face  externa. Ali, se liga a um íon K+ e o libera na face interna. A energia para o  transporte ativo vem da hidrólise do ATP.

Acesse o link para a atividade

https://forms.gle/zwA361THcfFrz9zb6