Atividade 3° ano regular 08/03/21
Hereditariedade: Os primeiros estudos
A semelhança entre pais e filhos foi explicada de diversas maneiras ao longo da história.
Até meados do século XVIII, alguns cientistas acreditavam na teoria da pré-formação, segundo a qual cada espermatozoide abrigaria um indivíduo em miniatura, totalmente formado, e bastaria apenas ele crescer e se desenvolver no útero da mãe, ou seja, o bebê já estaria pronto no espermatozoide se fosse menino e se fosse menina estaria pronta no ovário. Teoria da epigênese, que defendia que o embrião se desenvolve a partir de uma matéria indiferenciada, sem organização, sem estruturas pré-formadas. Hoje sabemos que o desenvolvimento é controlado por genes em interação com moléculas do ambiente.
Em 1868, o famoso cientista inglês Charles Darwin (1809-1882), que propôs o princípio da seleção natural, defendia a teoria da pangênese (do grego pân = todo; genesis = origem, formação), segundo a qual os elementos os elementos sexuais continham partículas minúsculas, as gêmulas (do latim gêmula= pequeno broto), provenientes de todas as partes do corpo. Essas partículas seriam transmitidas através das gerações e seriam responsáveis pela hereditariedade.
Para alguns cientistas, eram os fluidos do corpo, como o sangue, que continham as características transmitidas. Ainda hoje há vestígios desse conceito em expressões como cavalo “puro sangue” e indivíduo de “sangue azul”.
Havia também a ideia de que os elementos determinantes das características paternas e maternas se misturavam nos filhos: era a teoria da herança misturada. Uma vez que esses elementos tivessem sido misturados, eles não se separariam mais. Essas ideias se mantiveram por quase todo o século XIX.
De 1858 a 1866, o monge austríaco Gregor Mendel (1822-1884) realizou pesquisas sobre a hereditariedade em ervilhas de espécies Pisum sativum no jardim do mosteiro na cidade de Brunn, na Áustria. Em 1866, Mendel publicou o resultado de suas pesquisas. No entanto, seu trabalho não recebeu a merecida atenção, sendo praticamente ignorado pela comunidade científica.
Em 1900, 34 anos depois, os botânicos Carl E. Correns (alemão, 1864-1933), Hugo de Vries (holandês, 1848-1935) e o agrônomo Erich von Tsechermak-Seysenegg (austríaco, 1871-1962), trabalhando de forma independente, chegaram as mesmas conclusões que levaram Mendel a propor as leis da hereditariedade.
Exercícios
Explique a teoria da pré-formação.
Explique a palavra Hereditariedade.
Qual nome do monge austríaco que realizou pesquisas sobre hereditariedade em ervilhas?
Explique a teoria da herança misturada.
Em 1866, Mendel publicou o resultado de suas pesquisas. Qual foi esse resultado?