E.E. Prof. Dr. Lauro Pereira Travassos
Nome:________________________________Série: 2ºTermo B Data:____/_____/2020.
encaminhar as atividades no e-mail sconceicao@prof.educacao.sp.gov.br
Frase, Oração e Período
- Classifique os enunciados abaixo em frase e em oração:
a) Estamos vivendo uma pandemia neste momento e o distanciamento social
é uma opção segura para que não haja a propagação do novo corona vírus.
b) Que tremendo absurdo o que estamos vivenciando!
c) Noite super agradável!
d) A pequena flor recebi feliz os raios do sol.
e) Que nada! Está tudo sob controle!
f) Ao me aproximar, ouvi vozes na sala.
- Classifique os períodos abaixo em simples ou composto:
- Corra, que a chuva está chegando.
- Quero que você cuide dessa roupa, menino.
- Fez um belo serviço, menino.
- Cuidado com seus amigos que estão doentes.
- É preciso que corramos porque a chuva está chegando.
- Que belo serviço fez aquela criança!
- Leia um trecho de um romance de Graciliano Ramos.
Não se conformou: devia haver engano. Ele era bruto, sim senhor, via-se
perfeitamente que era bruto, mas a mulher tinha miolo.
Com certeza havia um erro no papel do branco. Não se descobriu o erro,
e Fabiano perdeu os estribos. Passar a vida inteira assim no toco, entregando
o que era dele de mão beijada! Estava direito aquilo? Trabalhar como negro e nunca
arranjar carta de alforria! [...]
Graciliano Ramos. Vidas secas. Rio de Janeiro: Record, 2008, p. 94.
- Considerando o aspecto sonoro, que tipo de frase mais aparece no trecho?
- Indique as frases exclamativas do trecho.
- O que expressam, em termos de sentimento, essas frases exclamativas?
- Agora, copie do trecho a frase interrogativa e transforme-a em frase declarativa afirmativa. Explique a diferença de sentido entre as frases.
- As frases a seguir indicam situações que podemos vivenciar em nosso cotidiano.
- Diante de cada situação, como as pessoas envolvidas poderiam se expressar?
- Construa uma frase verbal e uma nominal para cada situação.
a) Paulo encontra-se em um hospital. De repente ouve alguém gritar que há um incêndio no prédio. Ele também quer avisar as outras pessoas.
b) Em plena aula de redação, Carlos, que tinha muita dificuldade para elaborar um texto, recebe um elogio da professora.
c) Um político, conhecido pelos seus atos de corrupção, passeia tranquilamente em um shopping Center. Algumas pessoas sentem-se indignadas com a presença dele e resolvem expressar essa indignação.
d) Na maioria das grandes cidades, há um fluxo muito grande de carros, o que tem contribuído para a lentidão do trânsito. Você é um cidadão preocupado com os problemas de sua cidade e resolve mandar um recado aos motoristas.
E.E. Prof. Dr. Lauro Pereira Travassos
Nome:________________________________Série: 2ºTermo B Data:____/_____/2020.
Atividade de Interpretação de Texto I
Leia a crônica a seguir para responder às questões de 1 a 5.
Pausa
Mário Quitana
Quando pouso os óculos sobre a mesa para uma pausa na leitura de coisas feitas,
ou na feitura de minhas próprias coisas, surpreendo-me a indagar com que se parecem
os óculos sobre a mesa.
Com algum inseto de grandes olhos e negras e longas pernas ou antenas/
Com algum ciclista tombado?
Não, nada disso me contenta ainda. Com que se parecem mesmo?
E sinto que, enquanto eu não puder captar a sua implícita imagem-poema, a inquietação perdurará.
E, enquanto o meu Sancho Pança, cheio de si e de senso comum, declara ao meu
Dom Quixote que uns óculos sobre a mesa, além de parecerem apenas uns óculos sobre
a mesa, são, de fato, um par de óculos sobre a mesa, fico a pensar qual dos dois
– Dom Quixote ou Sancho? – vive uma vida mais intensa e portanto mais verdadeira...
E paira no ar o eterno mistério dessa necessidade da recriação das coisas em
imagens, para terem mais vida, e da vida em poesia, para ser mais vivida.
Esse enigma, eu o passo a ti, pobre leitor.
E agora?
Por enquanto, ante a atual insolubilidade da coisa, só me resta citar o terrível
dilema de Stechetti:
“Io sonno un poeta o sonno un imbecile?”
Alternativa, aliás, extensiva ao leitor de poesia...
A verdade é que a minha atroz função não é resolver e sim propor enigmas, fazer
o leitor pensar e não pensar por ele.
E daí?
-- Mas o melhor – pondera-me, com sua voz pausada, o meu Sancho Pança --,
o melhor é repor depressa os óculos no nariz.
A vaca e o hipogrifo. By Elena Quintana. São Paulo: Globo.
Nesta pequena crônica, Mário Quintana reflete sobre suas atividades de escritor e
de leitor de poesia. O tema do texto é colocado de maneira direta e, aparentemente,
até simplista: escrever e ler poesia não é uma grande perda de tempo? E, radicalizando,
pergunta com Stechetti: escrever e ler poesia não é uma imbecilidade?
Leia atentamente o texto de Mário Quintana. Consulte, se for preciso o dicionário
. Retome ao texto quantas vezes julgar necessário para fazer as atividades abaixo.
Quais as duas atividades que o autor interrompe ao pousar os óculos sobre a mesa?
Responda traduzindo o trocadilho no primeiro parágrafo.
- Que imagens ocorrem ao poeta ao contemplar os óculos sobre a mesa?
- A inquietação provocada pela necessidade de capturar a “imagem-poema” dos
- óculos leva o autor a pensar em sua própria profissão de escritor e poeta. Mais ainda
- que isso, leva-o a pensar na função da poesia. Seu senso comum (Sancho Pança)
- entra em conflito com seu senso poético (Dom Quixote).
- O que são os óculos, segundo o senso comum?
- Segundo o autor, por que existe em nós a necessidade de recriar coisas e a vida em imagens?
- O autor consegue explicar essa necessidade?
- Diante da “insolubilidade da coisa”, o autor resolve passar o problema ao leitor.
- Segundo ele, qual é a função do poeta?
- “... o melhor é repor depressa os óculos no nariz.” Qual o significado desse conselho?
Senso comum – ideias amplamente aceitas em uma época: opiniões contrárias são vistas como absurdas e aberrantes.
Bom senso ou Senso crítico – capacidade de discernir, sem preconceitos, o verdadeiro do falso.
Senso poético ou artístico – maneira especial e original de ver a realidade.