terça-feira, 5 de maio de 2020

Língua Portuguesa 2º SB Prof.ª Suellen


E.E. Prof. Dr. Lauro Pereira Travassos
Nome:__________________________________________Série: 2º Termo B  Data:______/______/2020. encaminhar as atividades no e-mail sconceicao@prof.educacao.sp.gov.br

Interpretação III

Leia os dois textos a seguir para responder à questão 1.


Texto I
Das Pedras
      Cora Coralina

Ajuntei todas as pedras
que vieram sobre mim.
Levantei uma escada muito alta
e no alto subi.
Teci um tapete floreado
e no sonho me perdi.

Uma estrada,
um leito,
uma casa,
um companheiro.
Tudo de pedra.

Entre pedras
cresceu a minha poesia.
Minha vida…
Quebrando pedras
e plantando flores.

Entre pedras que me esmagavam
Levantei a pedra rude
dos meus versos.

Texto II
Ispinho e fulô
       Patativa do Assaré

É nascê, vivê e morre
Nossa herança natura

Todos tem que obedecê
Sem tê a quem se queixá,
Foi o autô da Natureza
Com seu pudê e grandeza
Quem traçou nosso caminho,
Cada quá na sua estrada
Tem nesta vida penada
Pôca fulô e muito ispinho.

Até a propa criança
Tão nova e tão atraente
Conduzindo a mesma herança
Sai do seu berço inocente,
Se passa aquele anjo lindo
Hora e mais hora se rindo

E algumas horas chorando,
É que aquela criatura
Já tem na inocença pura
Ispinho lhe cutucando.
Fora da infança querida
No seu uso da razão
Vê muntas fulô caída
Machucada pelo chão,
Pois vê neste mundo ingrato
Injustiça, assassinato
E uns aos outros presseguindo
E assim nós vamo penando
Vendo os ispinho omentando
E as fulô diminuindo.

[...]
(Fonte: Patativa do Assaré. Ispinho e fulô. São Paulo: Hedra, 2005. P.25-26)


1. O que simbolizam nos dois textos as palavras pedras e “ispinhos"?
A. (   ) Conformidade com a vida.
B. (   ) O significado literal das palavras.
C. (   ) Dificuldades passadas durante a vida.
D. (   ) Alegrias passadas durante a vida.

Leia o artigo de divulgação científica e responda às questões de 2 a 4:
QUÍMICA DA DIGESTÃO

Para viver, entre outras coisas, precisamos de energia. Como não podemos tirar energia da luz do sol para viver, como os vegetais, essa energia usada pelo nosso organismo vem das reações químicas que acontecem nas nossas células.
Podemos nos comparar a uma fábrica que funciona 24 horas por dia. Vivemos fazendo e refazendo os materiais de nossas células. Quando andamos, cantamos, pensamos, trabalhamos ou brincamos, estamos consumindo energia química gerada pelo nosso próprio organismo. E o nosso combustível vem dos alimentos que comemos. 
No motor do carro, por exemplo, a gasolina ou o álcool misturam-se com o ar, produzindo uma combustão, que é uma reação química entre o combustível e o oxigênio do ar. Do mesmo modo, nas células do nosso organismo, os alimentos reagem com o oxigênio para produzir energia. 
No nosso corpo, os organismos são transformados nos seus componentes mais simples, equivalentes à gasolina ou ao álcool, e, portanto, mais fáceis de queimar. O processo se faz através de um grande número de reações químicas que começam a se produzir na boca, seguem no estômago e acabam nos intestinos. As substâncias presentes nesses alimentos são decompostas pelos fermentos digestivos e se transformam em substâncias orgânicas mais simples. Daí esses componentes são transportados pelo sangue até as células. Tudo isso também consome energia.
A energia necessária para todas essas transformações é produzida pela reação química entre esses componentes mais simples, que são o nosso combustível e o oxigênio do ar. Essa é uma verdadeira combustão, mas uma combustão sem chamas, que se faz dentro de pequenas formações que existem nas células, as mitocôndrias, que são nossas verdadeiras usinas de energia.
(TOSI, Lúcia. Química da digestão. Rio de Janeiro: Ciência Hoje na Escola, n. 6, 1998, p.48)

2. O texto afirma que nosso corpo pode ser comparado a uma fábrica porque:
A. (   ) reage quimicamente pela combustão
B. (   ) move-se a base de gasolina ou álcool.
C. (   ) produz energia a partir dos alimentos.
D. (   ) utiliza oxigênio como combustível.

3. Tudo isso também consome energia.” (4º parágrafo) No trecho, a expressão em destaque se refere a:
A. (   ) fermentos digestivos.
B. (   ) reações químicas.
C. (   ) células.
D. (   ) mitocôndrias.

4.  A partir da leitura do texto, podemos concluir que o assunto tratado é:
A. (   ) da constituição do aparelho digestivo.
B. (   ) da digestão como fonte de energia.
C. (   ) dos cuidados para uma boa alimentação.
D. (   ) dos elementos que compõem o corpo humano.

Observe a tirinha a seguir para responder às questões 5 e 6.
Descrição: Tirinhas da Mafalda - mafalda373

5. Qual a crítica presente na tirinha de Mafalda?
A. (   ) A crítica está relacionada ao não conhecimento das pessoas do seu papel no mundo como agentes transformadores da sociedade.
B. (   ) A crítica está relacionada à indecisão de Susanita sobre o assunto que foi questionada.
C. (   ) A crítica está relacionada à ilusão das crianças de que foram trazidas ao mundo por cegonhas.
D. (   ) A crítica está relacionada ao comportamento inconveniente de Mafalda.

6. No último quadrinho, a conjunção mas estabelece a relação de sentido de:
A. (   ) alternância.
B. (   ) explicação.
C. (   ) adição.
D. (   ) oposição.

Leia o texto para responder às questões 7 e 8.


Por que algumas aves voam em bando formando um V?

Elas parecem ter ensaiado. Mas é claro que isso não acontece. Quem nunca viu ao vivo, já observou em filme ou desenho animado aquele bando de aves voando em "V". Segundo os especialistas, esta característica de voo é observada com mais frequência nos gansos, pelicanos, biguás e grous.
Há duas explicações para a escolha dessa formação de voo pelas aves. A primeira consiste na economia de energia que ela proporciona. Atrás do corpo da ave e, principalmente, das pontas de suas asas, a resistência do ar é menor e, portanto, é vantajoso para as aves voar atrás da ave dianteira ou da ponta de sua asa. Ou seja: ao voarem desta forma, as aves poupariam energia, se esforçariam menos, porque estariam se beneficiando do deslocamento de ar causado pelas outras aves. Isso explicaria, até, a constante substituição do líder nesse tipo de bando.
Essa é a primeira explicação para o voo em "V". E a segunda? O que diz? Ela sustenta que esse tipo de voo proporcionaria aos integrantes do bando um melhor controle visual do deslocamento, pois em qualquer posição dentro do "V" uma ave só teria em seu campo de visão outra ave, e não várias. Isso facilitaria todos os aspectos do voo. Os aviões militares de caça, por exemplo, voam nesse mesmo tipo de formação, justamente para ter um melhor campo de visão e poder avistar outros aviões do mesmo grupo. Essas duas explicações não são excludentes. É bem possível que seja uma combinação das duas o que torna o voo em "V" favorável para algumas aves.

(NACINOVIC, Jorge Bruno, Por que algumas aves... Ciência Hoje das Crianças, Rio de Janeiro, n. 150, set. 2004.)

7. Segundo o texto, as aves poupam energia voando em “V” porque:
A. (   ) podem obter melhor controle visual do deslocamento.
B. (   ) têm o instinto de sempre seguir o líder do bando em seu itinerário.
C. (   ) podem se ajudar mutuamente durante longos percursos.
D. (   ) são beneficiadas pelo deslocamento do ar causado pelas aves da frente.

8. “Isso explicaria, até, a constante substituição do líder nesse tipo de bando.” (2º parágrafo) Com base no texto, conclui-se que o líder é substituído constantemente porque essa posição: 
A. (   ) consome muito mais energia.
B. (   ) proporciona melhor controle visual.
C. (   ) é só para líderes.
D. (   ) é a mais importante do grupo.

9. Leia o texto a seguir e responda às questões 9 e 10.
A etiqueta nas redes sociais, de Ryana Gonçalves
Ultimamente, temos passado mais tempo no convívio social cibernético do que no convívio social pessoal. Aqui adivinhamos emoções, não há toque, não há olhares silenciosos cheios de significados, não há presença, não há corpo. Há apenas o teclado, o mouse, a tela, o curtir, o compartilhar, o tweetar, retweetar, participar, excluir, bloquear, responder, perguntar.
Apesar de serem espaços sociais diferentes, igualmente vale a etiqueta que aprendemos em casa antes de sair para o mundo.
Todos têm suas manias, receios, ideias, caráter, costumes e essa coisa toda, mas todos devem ser, acima de tudo, RESPEITADOS. Assim como tem aquele cara que nunca posta nada, existe a menina que se expõe demais. Pra ela, pode não ser exagero, mas pros outros sim. Vale o mesmo para caso inverso, existem pessoas sem noção de ambos os sexos, ignorem as estatísticas. Não tem essa de mulher trai menos, homem é mais cafajeste. Aqui é todo mundo igual. Junta a quantidade de gente sem noção, de puritanos, de revolucionários, revoltados, ignorantes e ignorados. Cada um tem algo a dizer, sempre. 
Na realidade, o chato começa quando um começa a reclamar de tal coisa, daí aparece o fulano reclamando do que o ciclano tá reclamando, e aí um monte de gente começa a reclamar dos dois que estão reclamando, e uns começam a reclamar dos outros, e daí já aparecem outros status reclamando... e eu estou reclamando dessa gente que como eu só reclama e não faz nada. 
Vamos trocar ideias? Porque reclamar não acrescenta em nada, só desabafa e daqui a pouco o vazio do desabafo vira mais reclamação, chateação e falta do que fazer.
Mas daí aparece um ser reclamando daquele que posta algo produtivo, que reclama daquele que não posta algo produtivo, segue reclamando, e assim por diante.
Ah, a etiqueta das redes sociais! Que coisa complicada de se entender. Quanto mais a gente tenta colaborar, parece que mais piora. Pedir perguntas no Ask não significa se expor totalmente, compartilhar no Facebook não significa que concorda plena e totalmente com o que está escrito (todos têm o direito de achar legal, simplesmente), curtir não significa "dar em cima" e assim por diante. Temos que entender que assim como temos nossas preferências quanto à comida, e manias quanto as nossas coisas, também tem pessoas com suas particularidades, e ter uma rede social não significa mostrar sua intimidade para o mundo. Ninguém é obrigado a nada.
E sabe o que é uma boa etiqueta, um comportamento muito refinado? Educação. Sim, aprecia-se a boa educação, o respeito, a igualdade. Isso faz falta. Assim como faz falta um bom diálogo frente a frente e sair pra dar uma pedalada num dia de sol pra entorpecer o corpo de vitamina D. Pense nisso!
(Disponível em: http://thefirstimpressionsofme.blogspot.com.br/ )
9.  O texto classifica-se em:
(A) (    ) narrativo
(B) (    ) argumentativo
(C) (    ) informativo
(D) (    ) descritivo

10.  A autora usa a expressão de lugar “aqui” para fazer referência a quê?
(A) (   ) Ela se refere ao convívio social cibernético.
(B) (   ) Ela se refere ao local onde está.
(C) (   ) Ela se refere à uma situação desagradável da qual foi protagonista.