Ameaças a biodiversidades
A capacidade dos seres vivos de adaptar-se a alterações no meio ambiente é variável. Algumas espécies são muito resistentes; outras, muito sensíveis. Alterações que causam o desaparecimento de espécies (de uma região ou do planeta) obviamente tem impacto na biodiversidade e nos ecossistemas dos quais faziam parte. Elas podem ocorrer na forma de eventos catastróficos (como erupções vulcânicas); ações humanas (desmatamento, introdução de espécies invasoras, poluição de rios, mares, ar e solo etc.); mudanças climáticas etc.
Essas alterações podem causar a extinção ao matar todos os indivíduos de uma espécie ou ao deixar tão poucos deles vivos, a ponto de não conseguirem gerar descendentes suficientes para dar continuidade à espécie.
Portanto, a extinção de espécies pode estar relacionada, ou não, com atividades humanas. É possível observar, na história dos seres vivos, a ocorrência de diversos eventos de extinção antes mesmo do aparecimento dos seres humanos; por exemplo, a queda do meteoro que, acredita-se, levou os dinossauros à extinção. Ultimamente, no entanto, algumas atividades humanas têm acelerado a extinção de várias espécies.
O desmatamento é um exemplo de atividade humana que está relacionada com a extinção de organismos, desde insetos até grandes mamíferos e plantas endêmicas. A caça predatória é outro exemplo que põe em risco várias espécies, como tubarões e baleias.
A caça predatória de tubarões envolve o corte das barbatanas e a devolução dos animais ao mar, onde acabam morrendo. No Brasil, a pesca do cação-anjo e do tubarão-baleia é proibida, devido ao risco de extinção.
Entretanto, apreensões de barbatanas feitas no país mostram que a caça predatória dessas e de outras espécies ainda persiste. A fig. Acima são barbatanas de tubarões apreendidas em Belém, PA, 2012.
A poluição da água e do ar pode ter como causa atividades humanas que geram graves alterações nos ecossistemas, ameaçando a biodiversidade. A poluição da água pode estar relacionada, por exemplo, ao vazamento de petróleo no mar, à contaminação de corpos de água pelo uso incorreto de fertilizantes e agrotóxicos, ao descarte de esgoto doméstico e industrial em rios, entre outras causas. A poluição do ar pode estar associada à queima de combustíveis fósseis usados em automóveis e indústrias e a consequente intensificação do efeito estufa, da chuva ácida, das mudanças climáticas, entre outros fatores.
O crescimento urbano sem a adequada avaliação de seu impacto ambiental e a superexploração dos recursos naturais são outras atividades que ameaçam a biodiversidade dos ecossistemas.
O descarte de esgoto doméstico e industrial sem tratamento em rios, por exemplo, é uma ameaça à diversidade de organismo. Córrego Vidoca, São José dos Campos, SP, 2016. Esse córrego desemboca no Rio Paraíba do Sul.
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