sexta-feira, 14 de agosto de 2020

Língua Portuguesa 1ª Série A, B e C----Prof.ª Suellen----3º Bimestre

  3º bimestre – 1ºs anos ABC

Caros (as) alunos (as),

Estamos iniciando um novo ciclo e sei que a situação não tem sido fácil devido à pandemia, mas temos que ser perseverantes em nossas atividades cotidianas e escolares para vivermos o “novo normal”, por isso não deixem de realizar as atividades escolares. Estarei à disposição para qualquer esclarecimento necessário e que tenhamos um bom bimestre de estudos!


Quinhentismo

Quinhentismo, no Brasil e em Portugal, designa uma importante fase da história da literatura desses países, entre 1500 e 1601, apesar de ter se expressado de modo diferente em um e outro. No Brasil, designa o conjunto de textos e autores do período colonial, compreendendo os três primeiros séculos desde a conquista portuguesa. Dividido em duas vertentes, uma caracterizada pela ocorrência de textos de informação e outra pela ocorrência de textos de caráter catequizador, esse período inicial de germinação das letras no nascente território brasileiro é de fundamental importância para se conhecer a história do país e sua tradição literária.

Em relação a Portugal, o Quinhentismo manifestou-se em uma produção literária voltada à expressão clássica, ou seja, foram produzidas obras que retomaram temáticas e estéticas greco-latinas, aos moldes do que propunha o Renascimento.

Contexto histórico do Quinhentismo

Nos primeiros três séculos do Brasil, a vida social e, consequentemente, a esfera econômica e cultural desenvolveram-se em torno da relação entre a colônia e a metrópole. Essa relação deu-se de modo que a colônia fosse extremamente explorada pela metrópole, o que fez com que a preocupação imediata dos primeiros colonos, ou seja, habitantes do território, fosse ocupar a terra, explorar o pau-brasil, cultivar a cana-de-açúcar, extrair o ouro.

Desenho do centro histórico de Salvador, Bahia, durante o período colonial.


Desenho do centro histórico de Salvador, Bahia, durante o período colonial.


Essa postura exploratória foi determinante para que houvesse no território núcleos urbanos surgidos a partir dos ciclos de exploração dessas matérias-primas destinadas à metrópole europeia. Assim, formaram-se, no Brasil, ilhas sociais, mais precisamente as seguintes: Bahia, Pernambuco, Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo.

Paralelamente à exploração econômica, que foi o centro propulsor desses núcleos, havia dentre seus habitantes aqueles que manifestaram, por meio da escrita, os primeiros ecos da literatura no Brasil, ou seja, as primeiras manifestações, embora tímidas, do pensamento da elite intelectual.

 

Características do Quinhentismo

As manifestações da literatura quinhentista podem ser divididas em dois grupos, os quais, apesar de traços comuns, têm características que os distinguem: a literatura de informação e a literatura de formação ou de catequese. Vejam suas respectivas características:

 

Literatura de informação

Desembarque de Cabral em Porto Seguro retratado por Oscar Pereira da Silva, 1904.

Desembarque de Cabral em Porto Seguro retratado por Oscar Pereira da Silva, 1904


Os primeiros registros escritos do Brasil têm como característica a documentação do processo colonizador que marcou os primeiros anos de povoamento. São informações que viajantes e missionários europeus anotaram sobre o homem e a natureza das terras que conheciam naquele contexto. Esses registros descritivos não pertencem à categoria literária, já que não havia uma preocupação estética em organizá-las em prol de um deleite advindo de uma leitura de fruição, ou seja, voltada ao prazer, como os gerados por uma obra ficcional.

Porém, alguns críticos literários situam essa produção nascente como uma rica fonte temática para escritores posteriores. Afinal, a descrição da paisagem original, dos hábitos e costumes indígenas e dos grupos sociais que nasciam nos núcleos urbanos que surgiam formou uma enciclopédia a que escritores, como os do Romantismo brasileiro, recorreram para fazer uma literatura genuinamente voltada às temáticas nacionais.

Assim, a embrionária produção intelectual do Brasil Colônia, materializada nos relatos dos viajantes e dos missionários católicos, tem valor não só histórico de registro de uma época, como também serviu de material temático inspirador à produção literária posterior, que teve como princípio a construção de uma literatura verdadeiramente do Brasil, estabelecendo-se como contraponto à produzida em Portugal.

  • Principais obras e autores de textos de informação

As principais produções do Brasil Colônia, escritas nos séculos XVI e XVII, categorizadas como informativas são:

  • a Carta, de Pero Vaz de Caminha a el-Rei Dom Manuel, referindo o descobrimento de uma nova terra e as primeiras impressões da natureza e do indígena (1500);

  • Diário de Navegação de Pero Lopes e Sousa, escrivão do primeiro grupo colonizador, o de Martim Afonso de Sousa (1530);

  • Tratado da terra do Brasil e a História da Província de Santa Cruz a que vulgarmente chamamos Brasil, de Pero de Magalhães Gândavo (1576);

  • Narrativa Epistolar e os Tratados da Terra e da Gente do Brasil, do jesuíta Fernão Cardim (1583);

  • Tratado descritivo do Brasil, de Gabriel Soares de Sousa (1587);

  • os Diálogos das grandezas do Brasil, de Ambrósio Fernandes Brandão (1618);

  • as cartas dos missionários jesuítas escritas nos dois primeiros séculos de catequese (registradas posteriormente em antologias, como em As Cartas Jesuíticasde 1933);

  • as Duas viagens ao Brasil, de Hans Staden (1557);

  • Viagem à terra do Brasil, de Jean de Léry (1578);

  • História do Brasil, de Frei Vicente do Salvador (1627).

 

Literatura de formação ou de catequese

Paralelamente às obras de informação escritas por leigos viajantes que desbravavam a colônia, foram produzidas, também, obras de cunho pedagógico e moral, a chamada literatura de formação ou de catequese, produzida pelos missionários jesuítas. Vindos de Portugal, esses religiosos, que tinham a missão de catequizar os índios, deixaram cartas, tratados, crônicas e poemas, os quais se tornaram registros não só de uma prática religiosa de difusão do catolicismo, mas também registros de textos com um certo refinamento estético.

A Primeira Missa no Brasil retratada por Victor Meirelles, 1861.


A Primeira Missa no Brasil retratada por Victor Meirelles, 1861


  • Principais obras e autores de textos de formação ou de catequese

Os autores mais significativos dessa vertente são os padres Manuel da Nóbrega, Fernão Cardim e José de Anchieta.

  • Manuel da Nóbrega (1517-1570)

Nasceu em Alijó, Portugal, e morreu no Rio de Janeiro. Chegou à Bahia em 29 de março de 1549 e participou da primeira missa celebrada nessa localidade. Foi um dos fundadores das cidades de Salvador e do Rio de Janeiro.

Nas cartas que escreveu a Portugal, encontra-se a descrição do início do povoamento das terras brasileiras. Além disso, como catequizador, seus escritos contribuíram para o estudo dos costumes da sociedade indígena tupinambá. Em sua primeira carta do Brasil, ao padre Simão Rodrigues, provincial em Portugal, expressa uma postura típica dos jesuítas a respeito da conversão do indígena e a tentativa de eliminar de sua cultura certos hábitos, como o canibalismo e a poligamia:

"Diz que quer ser cristão e não comer carne humana, nem ter mais de uma mulher e outras coisas: somente que há de ir à guerra e os que cativar vendê-los e servir-se deles, porque estes desta terra sempre tem guerra com outros e assim andam todos em discórdia. Comem-se uns aos outros, digo os contrários. É gente que nenhum conhecimento tem de Deus, nem ídolos, fazem tudo quanto lhe dizem".

Sua principal obra é Diálogos sobre a Conversão do Gentio (possivelmente de 1558), em que apresenta os aspectos “negativos” e “positivos” do índio, do ponto de vista, evidentemente, de alguém interessado na conversão dos povos originais ao catolicismo.


  • Fernão Cardim (1549-1625)

Nasceu em Viana do Alentejo, Portugal, e morreu na Bahia, nos arredores da cidade de Salvador. Os três tratados que escreveu foram condensados pela primeira vez na obra Tratado da Terra e da Gente do Brasil, publicada em 1939.

Os dois primeiros textos de sua autoria, Do clima e terra do Brasil e Do princípio e origem dos índios do Brasil, foram publicados inicialmente em inglês, na coleção dirigida por Samuel Purchas, em Londres, em 1623. O terceiro texto, a Narrativa epistolar de uma viagem e missão jesuítica, foi publicado em 1847, em Lisboa, por Francisco Adolfo de Varnhagen. Há, nessas obras, o predomínio de uma descrição entusiasmada da fauna e da flora do país, segundo ele:

“Este Brasil já é outro Portugal, e não falando no clima que é muito mais temperado e saio, sem calmas grandes, nem frios, e donde os homens vivem muito com poucas doenças”.


  • José de Anchieta (1534-1597)

Nasceu nas Ilhas Canárias, Espanha, e faleceu na cidade de Reritiba, atual cidade de Anchieta, no estado do Espírito Santo. No Brasil, participou da fundação da cidade de São Paulo e do Rio de Janeiro.

Notabilizou-se, no período colonial, como poeta e dramaturgo, mas também publicou crônicas históricas e uma gramática da língua tupi, a Arte de gramática da língua mais usada na costa do Brasil (1595). Na dramaturgia, publicou autos inspirados nos autos do escritor português Gil Vicente, como o auto Na festa de São Lourenço, encenado pela primeira vez em 1583. Quanto à linguagem, observa-se nesses autos ora o uso da língua portuguesa, ora o uso da língua tupi.

Apesar de o teor religioso, destinado à edificação do índio e do branco, permear sua obra poética, assim como permeou suas outras obras, nota-se em seus poemas um cuidado estético mais acentuado. Observe este fragmento do poema “Do Santíssimo Sacramento”:

Ó que pão, ó que comida,
ó que divino manjar
se nos dá no santo altar
                   cada dia!

[...]

Este dá vida imortal,
este mata toda fome,
porque nele Deus e homem
                  se contêm.

[...]

qu’ este manjar tudo gaste,
porque é fogo gastador
que com seu divino amor
                  tudo abrasa.


A presença dos símbolos religiosos, comuns nos textos de catequese do Quinhentismo, evidencia-se em todas as estrofes desse fragmento de poema. O pão, elemento eucarístico, representa o corpo de Cristo e, como no texto bíblico, no poema, é alçado a símbolo capaz de suprir as imperfeições humanas.

Quinhentismo ou Classicismo em Portugal

Quinhentismo ou Classicismo é como se nomeia o conjunto de obras literárias produzidas durante o Renascimento, movimento artístico, literário e científico inspirado na cultura greco-latina que vigorou na Europa no século XVI.

Indo ao encontro do que ocorria na história naquele momento, marcado por profundas transformações sociais, econômicas, culturais e religiosas, o Classicismo promoveu a substituição da fé medieval pelo culto à racionalidade, o cristianismo pela mitologia greco-latina e, sobretudo, elevou o homem à centralidade de tudo (antropocentrismo).


→ Principais autores e obras

  • Francisco de Sá de Miranda (1481-1558)

Pioneiro do Classicismo/Quinhentismo em Portugal, Sá de Miranda nasceu em Coimbra e morreu em Amares, interior do território português. Sua importância na história literária de seu país está, principalmente, no fato de ter introduzido o verso decassílabo em Portugal, ou seja, o verso caracterizado por ter dez sílabas métricas.   Também foi pioneiro na composição de sextinas, tercetos e oitavas, influenciando muitos poetas daquele contexto. Veja um fragmento de um de seus poemas, intitulado “Soneto 11”:

Em tormentos cruéis, tal sofrimento,
em tão contínua dor, que nunca aliva,
chamar a morte sempre, e que ela, altiva,
se ria dos meus rogos, no tormento!


Observa-se, nessa estrofe, uma das temáticas recorrentes em suas obras: a reflexão filosófica sobre a finitude da vida. Além de composições poéticas várias, escreveu a tragédia Cleópatra, as comédias Estrangeiros e Vilhalpandos, além de cartas em verso, sendo a mais famosa a que dirigiu ao rei D. João III.


  • Luís Vaz de Camões (1525-1580)

Camões é um símbolo muito forte do Classicismo europeu.Camões é um símbolo muito forte do Classicismo europeu.

Mais importante escritor de língua portuguesaCamões legou à cultura ocidental o famoso poema épico Os Lusíadas, obra publicada em 1572. Narram-se, nesse clássico da literatura, os feitos heroicos dos portugueses, os quais, nos séculos XIV e XV, lançaram-se em alto-mar. Cheia de referências à mitologia greco-latina, essa obra é o ponto alto do Classicismo, como já prenuncia o início do primeiro canto:

Canto I

As armas e os barões assinalados
Que, da Ocidental praia Lusitana,
Por mares nunca dantes navegados,
Passaram ainda além da Taprobana,
Em perigos e guerras esforçados
Mais do que prometia a força humana,
E entre gente remota edificaram
Novo reino, que tanto sublimaram;


Camões também fez poemas líricos, sendo um dos mais famosos o que se inicia com a estrofe abaixo:

Amor é fogo que arde sem se ver;
É ferida que dói, e não se sente;
É um contentamento descontente;
É dor que desatina sem doer.

Fonte: https://brasilescola.uol.com.br/literatura/quinhentismo-brasileiro.htm


Aproveitamento de leitura...

  • Após realizar esta atividade a envie para o e-mail: sconceicao@prof.educacao.sp.gov.br até dia 21/08/2020. Não se esqueça de se identificar com nome, número e turma.


  • Faça o resumo do texto em seu caderno.

Obs.: Um resumo é um gênero textual que parte das informações mais relevantes de um texto, por isso, ele não deve ser nem curto demais e nem maior que o texto original. Leia o texto a ser resumido com atenção e, se possível, grife as passagens mais importantes depois transcreva com suas palavras utilizando a norma-culta, ou seja, não use abreviações e termos e/ou expressões informais. 


  1. “As águas são muitas, infinitas. Em tal maneira é graciosa que, querendo-a aproveitar, dar-se-á nela tudo; por causa das águas que tem! Contudo, o melhor fruto que dela se pode tirar parece-me que será salvar esta gente. E esta deve ser a principal semente que Vossa Alteza em ela deve alcançar.”
            Visões otimistas sobre as potencialidades da natureza e dos indivíduos, a exemplo do que se verifica no trecho transcrito, são comuns durante o período colonial. Assinale a alternativa que identifica os textos que transmitiam esse tipo de mensagem.


a) Biografias de santos                       
b) Ficção regionalista                         
c) Gênero lírico

d) Sermões eucarísticos

e) Literatura informativa


  1. Assinale verdadeiro (V) ou falso (F).

Sobre a literatura produzida no primeiro século da vida colonial brasileira, é correto afirmar que: 

(   ) É formada principalmente de poemas narrativos e textos dramáticos que visavam à catequese. 

(   ) Inicia com Prosopopeia, de Bento Teixeira. 

(   ) É constituída por documentos que informam acerca da terra brasileira e pela literatura jesuítica. 

(   ) Os textos que a constituem apresentam evidente preocupação artística e pedagógica. 

(   ) Descreve com fidelidade e sem idealizações a terra e o homem, ao relatar as condições encontradas no Novo Mundo. 


  1. O que foi o Quinhentismo?

  2. O Quinhentismo brasileiro deu-se no Brasil-colônia e foi caracterizado por abordar duas vertentes ao que concerne à escrita de textos. Quais?

  3. Explique a literatura de informação e a literatura catequética.

  4. Qual documento é considerado o marco inicial da literatura brasileira?



  1. (UFSM 2014- Adaptada)  Pero Vaz de Caminha foi incumbido pelo rei de relatar as coisas que encontrou no Brasil. Ao chegar à nova terra, notou-se não apenas a curiosidade do europeu pelos nativos, mas também sua perplexidade diante da natureza que ali estava. Hoje, o cenário é de uma natureza degradada pelo ser humano, muito diferente da encontrada em 1500. Tendo isso em vista, leia o fragmento a seguir.

Esta terra, Senhor, parece-me que, da ponta que mais contra o sul vimos, até outra ponta que contra o norte vem, de que nós deste ponto temos vista, será tamanha que haverá nela bem vinte ou vinte e cinco léguas por costa. Tem, ao longo do mar, em algumas partes, grandes barreiras, algumas vermelhas, outras brancas; e a terra por cima é toda chã e muito cheia de grandes arvoredos. De ponta a ponta é tudo praia redonda, muito chã e muito formosa.

Pelo sertão nos pareceu, vista do mar, muito grande, porque a estender d’olhos não podíamos ver senão terra com arvoredos, que nos parecia muito longa.

Nela até agora não pudemos saber que haja ouro, nem prata, nem coisa alguma de metal ou ferro; nem o vimos. Porém a terra em si é de muito bons ares, assim frios e temperados como os de Entre-Douro e Minho, porque neste tempo de agora os achávamos como os de lá.

As águas são muitas e infindas. E em tal maneira é graciosa que, querendo aproveitá-la, tudo dará nela, por causa das águas que tem.

CASTRO, Sílvio (org.). A Carta de Pero Vaz de Caminha. Porto Alegre: L&PM, 2003, p. 115-6.

Esse fragmento apresenta-se como um texto:  

a) descritivo, uma vez que Caminha ocupa-se em dar um retrato objetivo da terra descoberta, abordando suas características físicas e potencialidades de exploração.  

b) narrativo, pois a “Carta” é, basicamente, uma narração da viagem de Pedro Álvares Cabral e sua frota até o Brasil, relatando, numa sucessão de eventos, tudo o que ocorreu desde a chegada dos portugueses até sua partida.   

c) argumentativo, pois Caminha está preocupado em apresentar elementos que justifiquem a exploração da terra descoberta, os quais se pautam pela confiabilidade e abrangência de suas observações.     

d) lírico, uma vez que a apresentação hiperbólica da terra por Caminha mostra a subjetividade de seu relato, carregado de emotividade, o que confere à “Carta” seu caráter especificamente literário.     

e) narrativo-argumentativo, pois a apresentação sequencial dos elementos físicos da terra descoberta serve para dar suporte à ideia defendida por Caminha de exploração do novo território.

8. Sobre o Quinhentismo, assinale a alternativa incorreta:

a. O Quinhentismo diz respeito à uma corrente literária que faz críticas mordazes ao rei de Portugal.

b. Caracteriza-se pela literatura de informativa e pela literatura catequizadora.

c. Diz respeito ao período do descobrimento do Brasil em 1500.

d. Foi uma denominação dada a todas as manifestações literárias que se iniciaram no ano de 1500, época da colonização portuguesa no Brasil.

e. São importantes representantes da literatura da época Pêro Vaz de Caminha e Padre José de Anchieta.

 

Bons estudos!