TURMAS 1ºB e 1ºC
Atividades.
Semana 28/09 a 02/10
As condições de trabalho e os trabalhadores na
Primeira e na Segunda Revolução Industrial
[… ] A manufatura de fósforos data de 1833, quando se inventou o processo de aplicar o fósforo ao próprio palito. Desde 1845 desenvolveu-se rapidamente na Inglaterra, espalhando-se das zonas mais populosas de Londres nomeadamente para Manchester, Birmingham, Liverpool, Bristol, Norwich, Newcastle e Glasgow, e junto com ela o trismo, que, segundo a descoberta de um médico de Viena já em 1845, é doença peculiar dos produtores de fósforos. A meta de dos trabalhadores são crianças com menos de 13 anos e jovens com menos de 18. A manufatura é tão mal- afamada, por ser insalubre e repugnante, que somente a parte mais degradada da classe trabalhadora, viúvas famintas, entre outras, cede-lhe crianças, “crianças esfarrapadas, meio famintas, totalmente desamparadas e não educadas”. Das testemunhas inquirias [… ] 270 tinham menos de 18 anos, quarenta menos de 10 [anos], 10 a pena s 8 [anos] e 5 apena s 6 [Anos]. A jornada de trabalho variava entre 12,14 e 15 horas, com trabalho noturno, refeições irregulares, em regra no próprio local de trabalho, emprestado pelo fósforo. Dante [poeta florentino, um dos precursores do Renascimento e autor de A divina comédia, obra concluída em 1321] sentiria nessa manufatura suas fantasias mais cruéis sobre o inferno ultrapassadas. [… ] Nas últimas semanas de junho de 1863, todos os jornais de Londres trouxeram um parágrafo com o título “Sensational: Death from simple Overwork” (morte por simples sobretrabalho). Trata-se da morte da modista Mary Anne Walkley, de 20 anos, que trabalhava em uma manufatura e modas muito respeitável, fornecedora da Corte, explorada por uma dama com o agradável nome de Elise. A velha história, tantas vezes contada, foi de novo agora descoberta, de que essas moças trabalham em média 16 1/ 2 horas, porém durante a temporada frequentemente 30 horas sem interrupção, sendo reanimadas por meio de oferta oportuna [… ] vinho [… ] ou café, quando sua “força de trabalho” fraqueja. Estava-se então no ponto alto da temporada. Era necessário concluir, num abrir e fechar de olhos, como num passe de mágica, os vestidos de luxo das nobres ladies para o baile em homenagem à recém-importada princesa do país de Gales. Mary Anne Walkley tinha trabalhado 26 1/2 horas ininterruptas, juntamente com 60 outras moças, cada 30 num quarto, cuja capacidade cúbica mal chegava para conter 1/3 do ar necessário, enquanto à noite partilhavam, duas a duas, uma cama num dos buracos sufocantes em que se subdivide um quarto de dormir, por meio de paredes de tábuas. [… ] MAR, Karl. O capital: critica da economia política. São Paulo: Nova Cultural, 1996. v. 1. Livro primeiro. t.1. p. 360 -36 1; 368 (Coleção Os Economistas).
Biblioteca Britânica. Fotografia: Kharbine-Tapabor
Crianças e mulher trabalhando nas minas de carvão na Inglaterra. Gravura de artista francês desconhecido, 1843.
PARA DISCUTIR
1.Os dois excertos acima, da obra; O capital, de Karl Marx, tratam das condições de trabalho no período entre a Primeira Revolução Industrial e a Segunda Revolução Industrial. Descreva quais eram essas condições.
2. Podemos dizer que essas condições mudaram nos dias de hoje? Converse com os colegas a respeito desse tema.
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