sexta-feira, 18 de setembro de 2020

História 1ª Série A----Prof.ª Maria Helena----3º Bimestre

 HISTÓRIA - 1° ANO “A” 3°° BIMESTRE.

Professora: Maria Helena Andrade Schuster.

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Para quem tem a apostila do aluno 3° bimestre, o assunto é abordado a partir da página 60.

 

 

Obs: Leiam com atenção, escrevam e respondam as questões no caderno. 

Destaque as respostas com uma cor diferente das perguntas. 

 

Tire fotos e anexe para correção, envie para o e-mail helenaschuster1308@outlook.com


A questão agrária em Roma

Na segunda metade do século II a. C., Roma estava na fase da República e consolidada como uma grande potência no Mediterrâneo. Os romanos tinham conseguido conquistar toda a Península Itálica e acabado de derrotar os poderosos “cartaginenses” na luta travada durante as Guerras Púnicas.

As terras cultiváveis aumentaram na República romana depois das conquistas territoriais dos últimos séculos. Isso significa dizer que a quantidade de terras disponíveis no domínio romano havia aumentado, mas esse aumento não significava que os mais pobres teriam acesso a elas. 

As justificativas apresentadas pelos historiadores argumentam que as agitações dos últimos anos das Guerras Púnicas e o envio de camponeses para a guerra haviam deixado as famílias dos camponeses pobres mais vulneráveis, e, assim, grandes proprietários compraram as terras delas, forçando-as a mudarem-se para as grandes cidades. Essa disputa por terras, obviamente, era um ponto de tensão em Roma, uma vez que os plebeus buscavam, desde o início da República, no século VI a. C., garantir seus direitos e a melhoria de sua vida. Nessa questão agrária, dois nomes em particular tornaram-se extremamente importantes: Tibério Graco e Caio Graco.

IRMÃOS GRACO

Os irmãos Graco, Tibério e Caio, foram dois políticos em Roma marcados por procurarem realizar uma reforma agrária nesse território. As propostas de ambos causaram grande agitação política e resultaram na articulação de grupos para assassiná-los. As motivações que levaram os dois a defenderem propostas em defesa da população mais pobre ainda são debatidas pelos historiadores, apesar disso e de  qualquer forma, elas evidenciaram o real limite das pautas em defesa dos mais pobres naquele período.

Exatamente 10 anos depois do assassinato de Tibério, seu irmão, Caio Graco, lançou-se na disputa e foi eleito tribuno da plebe. A atuação de Caio, porém, foi muito mais abrangente que a de seu irmão. Caio atuou para promover a reforma agrária mas também para que fossem distribuídos alimentos para os pobres, entre outras medidas populares.

Uma dessas foi propor a Lex Militaris, lei que determinava que menores de 17 anos não poderiam ser enviados para a guerra e que era função de Roma prover ao menos um kit militar para os soldados convocados. Uma das medidas mais controversas de Caio foi a Lex Frumentaria, que determinava a distribuição de trigo a um preço acessível, para beneficiar os mais pobres.

Caio também propôs alterações para a Lex Sempronia Agraria, a lei de reforma agrária proposta pelo seu irmão. Caio queria que fossem formadas colônias para camponeses em posses ultramarinas de Roma. Essas colônias seriam formadas em terras da Sicília e de Cartago, mas a proposta não avançou no Senado. Tantas leis em benefício dos pobres mostram a preocupação de Caio com esses, ainda que essa atuação pudesse ser meramente propagandística. Independentemente disso, as propostas de Caio, assim como as de seus irmão, também incomodaram. O Senado não enxergava com bons olhos políticos que atuavam em benefício do povo porque isso era visto como “medidas eleitoreiras” que visavam apenas fortalecimento político de uma personalidade.

Caio passou a ser perseguido diretamente por membros do Senado, e sua reeleição (nesse momento a prática já era permitida, mas ainda não bem vista) só agravou essa perseguição. O que resultou, em 121 a.C., na morte de um inimigo de Caio, após ofendê-lo publicamente. Temendo que o segundo irmão conquistasse muito poder, o Senado aprovou uma lei que permitia executar sumariamente pessoas que representassem risco ao Estado.

Uma confusão seguiu-se a esses eventos, e Caio acabou falecendo. Não existe conclusão se ele foi assassinado ou se cometeu suicídio. Os historiadores argumentam que o suicídio pode ter acontecido porque Caio temia ser preso, espancado e executado. Assim, convenceu um de seus escravos a matá-lo, em 121 a.C. Os seus seguidores foram perseguidos, e estima-se que cerca de três mil deles foram mortos.


ATIVIDADE I

  1. Posicione-se sobre a reforma agrária na Roma Republicana (a favor ou contra). Justifique sua resposta.

  2. Durante a República Romana, entre os anos 133 e 121 a.C., os irmãos Tibério e Caio Graco, eleitos tribunos da plebe, entraram em confronto com o Senado por qual motivo?

  3. Fale sobre a reforma agrária brasileira, elabore uma resposta de acordo com sua pesquisa.



ATIVIDADE II

LEIA O TEXTO ABAIXO E DA APOSTILA “ATIVIDADE 6” PAGINA 61 E RESPONDA.

”A ORIGEM DA EXPRESSÃO “POVOS BÁRBAROS”

A idéia do termo “povos bárbaros” é anterior ao império romano. Os gregos utilizavam esse conceito para designar aqueles que tinham uma cultura (modo de vida e visão de mundo) distinta da sua. Essa noção, assim como muitos outros aspectos da cultura grega, foi assimilada pelos romanos. Estes, principalmente após a expansão de seus domínios durante o período da República (VI a.C. até I a.C.), defendiam que sua capital era o centro do mundo e que sua cultura era superior à de outros povos, já que não encontravam limites para suas conquistas.

Essa é uma visão profundamente etnocêntrica de mundo (etno = povo e cêntrica = centro). Uma noção de seu tempo e superada para o nosso contexto histórico, já que sabemos que não há nenhum povo que manteve sua cultura sem influências e miscigenação. Hoje sabemos também que os ditos “povos bárbaros” também tinham suas instituições, valores morais e organização social (apenas eram distintos da cultura romana). Além disso, os romanos também ficaram conhecidos pela violência praticada aos outros povos.

QUEM ERAM OS POVOS BARBAROS?

Diversos eram os povos que cercavam o império romano e disputavam os territórios em suas fronteiras. Alguns deles eram os Suevos, os Vândalos, os Hunos, os Lombardos, os Francos, os Anglo Saxões, os Vikings, os Godos (que foram divididos pelos intelectuais em Visigodos, que ocuparam a península Ibérica, e ostrogodos, que ocuparam a Europa central e a península itálica) entre outros tantos. Os termos “bárbaro” e “vândalo” nos remetem a uma noção de violência. Idéia esta que nos foi herdada dos romanos pela diferenciação que faziam destes povos. Estes segundos, por exemplo, ficaram conhecidos por arrasarem os povos por eles conquistados.

As barreiras que separavam os romanos e os ditos povos bárbaros não eram impermeáveis. Além das disputas por territórios, houve também tratados de paz e negociações entre as partes. Principalmente quando o império começou a se enfraquecer pela crise econômica e escassez de escravizados.

Como forma de evitar maiores perdas, diversas alianças foram estabelecidas, permitindo a entrada destas populações no império. Os próprios imperadores chegaram a ter guarda-costas germânicos, demonstrando a proximidade das relações entre os diferentes povos.

Responda

1- No mundo grego romano, quem eram os “bárbaros”?

2- Faça uma analise da expressão “invasões bárbaras”

3- Realize uma pesquisa sobre o ponto de vista, ainda recorrente, de que as invasões ditas “bárbaras” teriam sido a razão para a decadência do mundo romano.


Qualquer dúvida estou a disposição.

 Cuidem –se!