A TRAJETÓRIA DO IMPÉRIO ROMANO
Entre os séculos I e II da Era Cristã, o Império Romano viveu sua fase de apogeu. Os romanos consolidaram seus domínios sobre boa parte da Europa, da Ásia Menor e norte da África. O fenômeno da escravidão, que estava crescendo desde a época da República, se intensificou , tornando o Império Romano totalmente dependente do trabalho escravo. As camadas mais pobres da população ( plebe urbana) representava intenso foco de rebelião e descontentamento diante do regime. Daí a realização da política do “ pão e circo”. A política do pão e circo consistia em promover lutas de gladiadores e matança de animais para divertir a plebe urbana que recebia pão do governo para comer.
Durante a fase do Império, o governo de Roma funcionava assim: os imperadores romanos concentravam em suas mãos todo o poder político, apesar das instituições da República continuarem existindo. O Senado passou a ser um órgão consultivo e perdeu todas as suas prerrogativas. Assimilando hábitos do Oriente Próximo, os imperadores romanos ostentavam vários títulos, dentre eles o de “ Augusto“ ( divino ) e exigiam a adoração de sua pessoa pelo povo. Essa tradição foi iniciada por Otávio, o primeiro imperador romano, justamente pelo fato dele ter reorganizado a sociedade romana e ter dado estabilidade às elites romanas.
Mapa do Império Romano em sua máxima extensão – século II depois de Cristo.
O período correspondente ao final do século I a . C. e ao séculos I e II da Era Cristã é denominado Alto Império. A partir do século III até o século V, mais precisamente no momento em que os chamados povos bárbaros conquistam Roma ( 476) , temos o Baixo Império.A crise do Império Romano tornou-se aguda a partir do século III devido à vários fatores :
a) declínio da escravidão;
b) constantes disputas políticas entre o governo imperial e o Exército;
c) aumento das despesas militares e enfraquecimento das atividades artesanais e mercantis, principalmente na parte ocidental do império.
No governo do imperador Diocleciano (284 a 305), houve a tentativa de combater a crise que afetava a vida do império através da criação de um novo modelo administrativo: a tetrarquia. O imperador passou a dividir o poder com outros três imperadores-auxiliares: Galério, Constâncio Cloro e Maximiano. Tal medida pretendia dinamizar a administração do Império Romano, bem como melhorar a arrecadação de impostos. Através do Edito Máximo, Diocleciano tabelou os preços dos gêneros alimentícios e do valor dos aluguéis para atenuar os problemas que afetavam as classes menos favorecidas.
MAPA I
Outra medida de impacto importante foi a criação do colonato no governo do imperador Constantino. Essa medida pretendia combater os efeitos da crise da escravidão. O colono (trabalhador) era preso à terra por um contrato. Em troca do trabalho, da moradia e da proteção que o proprietário da terra oferecia, ele entregava a maior parte da produção a ele.
Inicialmente, os povos bárbaros tiveram contatos pacíficos com os romanos na medida em que algumas tribos foram aceitas para guardar as fronteiras do império em troca de terras para o cultivo. Com o deslocamento dos hunos (originários da Ásia Central) os bárbaros germânicos foram forçados a se deslocar mais para o oeste e acabaram pressionando as fronteiras do Império Romano. Exaurido em seus recursos e mostrando sinais de decadência, o Império Romano passou por algumas transformações político-administrativas que marcaram sua história. No ano 330, o imperador Constantino decidiu transferir a capital do Império Romano de Roma para Bizâncio, rebatizada com o nome de Constantinopla.
MAPA II
Suevos, francos, anglos, saxões, alamanos, visigodos, ostrogodos e vândalos
foram algumas tribos germânicas que invadiram o mundo romano
MAPA III
Em 395, o imperador Teodósio, diante dos graves problemas estruturais do império, decidiu dividi-lo em duas partes : Império Romano do Ocidente, com capital em Roma; e o Império Romano do Oriente, com capital em Constantinopla. No ano 476, os hérulos , chefiados por Odoacro, conquistaram Roma, enviando as insígnias de Rômulo Augústulo, último soberano do ocidente, a Zenão, imperador romano do Oriente. O Império Romano do Oriente sobreviveu porque tinha mais recursos econômicos, tendo em vista o controle que exercia sobre as rotas de comércio com o Oriente Próximo. A queda de Roma marcou o início da Idade Média. Inicialmente, as tribos germânicas criaram vários reinos na parte ocidental da Europa. Porém, de todos esses reinos, aquele que teve maior duração foi o Reino dos Francos, mais tarde batizado com o nome de Império Carolíngio.
Vídeo complementar: https://www.youtube.com/watch?v=J_cHcZznb5w
ROTEIRO DE QUESTÕES:
1- O que ocorreu com o Império Romano entre os séculos I e II depois de Cristo? O que ocorreu com a escravidão nessa época?
2-O que era a política do pão e circo? Como funcionava o governo do Império?
3-Por que os imperadores romanos eram chamados de Augusto? Quem foi o primeiro imperador romano?
4-O que se entende por Alto Império e Baixo Império?
5-Que fatores provocaram a crise do Império Romano?
6-Por que o imperador romano Diocleciano criou o sistema da tetrarquia? Quem eram os três imperadores-auxiliares de Diocleciano?
7-O que era o Edito Máximo?
8-Como o sistema de trabalho conhecido como “ colonato “ funcionava ?
9-Que medidas o imperador Constantino tomou em 313 e em 330?
10-Que medida política foi tomada pelo imperador Teodósio em 395?
11-Que tribos germânicas invadiram o mundo romano? De todos os reinos germânicos, qual deles teve a maior duração?
12-Por que o Império Romano do Oriente pôde sobreviver ?
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