segunda-feira, 14 de setembro de 2020

Língua Portuguesa-EJA- 3º Anos SA, SB e SC – Prof.ª Dôra

 Língua Portuguesa – Prof.ª Dôra 

3ºs anos SA, SB e SC 

          Orientações: 

  1. As matérias deverão ser copiadas no caderno e as atividades deverão ser entregues via e-mail: rdorafonseca@yahoo.com.br  até 30/09/2020.

Revisando a matéria do 2º ano vamos aprofundar nas Figuras de Linguagem e após um pouco de Literatura do 3ºano:

Figuras de Linguagem 

        As figuras de linguagem são recursos linguísticos a que os autores recorrem para tornar a linguagem mais rica e expressiva. Esses recursos revelam a sensibilidade de quem os utiliza, traduzindo particularidades estilísticas do emissor da linguagem. As figuras de linguagem exprimem também o pensamento de modo original e criativo, exploram o sentido não literal das palavras, realçam sonoridade de vocábulos e frases e até mesmo, organizam orações, afastando-a, de algum modo, de uma estrutura gramatical padrão, a fim de dar destaque a algum de seus elementos. As figuras de linguagem costumam ser classificadas em figuras de somfiguras de construção e figuras de palavras ou semânticas.

Figuras de som ou sonoras

As figuras de som ou figuras sonoras são aquelas que se utilizam de efeitos da linguagem para reproduzir os sons presentes nos seres. São as seguintes: aliteração, assonância, paronomásia e onomatopeia.

Aliteração: consiste na repetição ordenada de mesmos sons consonantais.

Boi bem bravo, bate baixo, bota baba, boi berrando...Dança doido,

 dá dduro, dá ddentro, dá direito”. (Guimarães Rosa)

Assonância: consiste na repetição ordenada de mesmos sons vocálicos.

O que o vago e incógnito desejo/de seeu mesmo de meu ser me deu”. (Fernando Pessoa)

Paronomásia: consiste na aproximação de palavras de sons parecidos, mas de significados distintos.

Conhecer as manhas e as manhãs/ O sabor das massas e das maçãs”. (Almir Sater e Renato Teixeira)

Onomatopeia: consiste na criação de uma palavra para imitar sons e ruídos. É uma figura que procura imitar os ruídos e não apenas sugeri-los.

Chega de blá-blá-blá-blá!

É importante destacar que a existência de uma figura de linguagem não exclui outras. Em um mesmo texto podemos encontrar aliteração, assonância, paronomásia e onomatopeia.

Figuras de construção ou sintaxe

As figuras de construção ou figuras de sintaxe são desvios que são evidenciados na construção normal do período. Elas ocorrem na concordância, na ordem e na construção dos termos da oração. São as seguintes: elipse, zeugma, pleonasmo, assíndeto, polissíndeto, anacoluto, hipérbato, hipálage, anáfora e silepse.

Elipse: consiste na omissão de um termo facilmente identificável pelo contexto.

Na sala, apenas quatro ou cinco convidados. (omissão de havia)

Zeugma: ocorre quando se omite um termo que já apareceu antes. Ou seja, consiste na elipse de um termo que antes fora mencionado.

Nem ele entende a nós, nem nós a ele. (omissão do termo entendemos)

Pleonasmo: é uma redundância cuja finalidade é reforçar a mensagem.

E rir meu riso e derramar meu pranto....” (Vinicius de Moraes)

Assíndeto: é a supressão de um conectivo entre elementos coordenados

Todo coberto de medo, juro, minto, afirmo, assino.” (Cecília Meireles)

Acordei, levantei, comi, saí, trabalhei, voltei.

Polissíndeto: consiste na repetição de conectivos ligando termos da oração ou elementos do período.

...e planta, e colhe, e mata, e vive, e morre...” (Clarice Lispector)

Anacoluto: consiste em deixar um termo solto na frase. Isso ocorre, geralmente, porque se inicia uma determinada construção sintática e depois se opta por outra.

Eu, que me chamava de amor e minha esperança de amor.

Aquela mina de ouro, ela não ia deixar que outras espertas botassem as mãos.” (Camilo Castelo Branco)

Os termos destacados não se ligam sintaticamente à oração. Embora esclareçam a frase, não cumprem nenhuma função sintática nos exemplos.

Hipérbato ou Inversão: consiste no deslocamento dos termos da oração ou das orações no período. Ou seja, é a mudança da ordem natural dos termos na frase.

São como cristais suas lágrimas.        Batia acelerado meu coração.

Na ordem direta, as frases dos exemplos expostos seriam:

Suas lágrimas são como cristais.        Meu coração batia acelerado.

Hipálage: ocorre quando se atribui a uma palavra uma característica que pertence a outra da mesma frase:

Esse sapato não entra no meu pé! (= Eu não entro nesse sapato!)

Essa blusa não cabe em mim. (= Eu não caibo mais nessa blusa.)

Anáfora: é a repetição da mesma palavra ou expressão no início de várias orações, períodos ou versos.

Tudo é silêncio, tudo calma, tudo mudez.” (Olavo Bilac)

Silepse: ocorre quando a concordância se faz com a ideia subentendida, com o que está implícito e não com os termos expressos. A silepse pode ser:

De gênero:

Vossa excelência é pouco conhecido. (concorda com a pessoa representada pelo pronome)

De número:

Corria gente de todos os lados, e gritavam. (gente dá ideia de plural, gritavam concorda com “gente”)

De pessoa:

Os brasileiros somos bastante otimistas. (brasileiros dá ideia de nós (1º p. do plural) somos, 1º p. do plural “concorda” com “somos”)

                   

 Figuras de palavras ou semânticas

Consistem no emprego de uma palavra num sentido não convencional, ou seja, num sentido conotativo. São as seguintes: comparação, metáfora, catacrese, metonímia, antonomásia, sinestesia, antítese, eufemismo, gradação, hipérbole, prosopopeia, paradoxo, perífrase, apóstrofe e ironia.

Comparação ou símile: ocorre comparação quando se estabelece aproximação entre dois elementos que se identificam, ligados por nexos comparativos explícitos, como tal qualassim comoque nem e etc. A principal diferenciação entre a comparação e metáfora é a presença dos nexos comparativos.

E flutuou no ar como se fosse um príncipe.” (Chico Buarque)

Metáfora: consiste em empregar um termo com significado diferente do habitual, com base numa relação de similaridade entre o sentido próprio e o sentido figurado. Na metáfora ocorre uma comparação em que o conectivo comparativo fica subentendido.

Meu pensamento é um rio subterrâneo”. (Fernando Pessoa)

Catacrese: ocorre quando, por falta de um termo específico para designar um conceito, toma-se outro por empréstimo.

Ele comprou dois dentes de alho para colocar na comida.

pé da mesa estava quebrado.

Não sente no braço do sofá.

Metonímia: assim como a metáfora, consiste numa transposição de significado, ou seja, uma palavra que usualmente significa uma coisa passa a ser utilizada com outro sentido. Ou seja, é o emprego de um nome por outro em virtude de haver entre eles algum relacionamento. A metonímia ocorre quando se emprega:

A causa pelo efeito: vivo do meu trabalho (do produto do trabalho = alimento)

O efeito pela causa: aquele poeta bebeu a morte (= veneno)

O instrumento pelo usuário: os microfones corriam no pátio = repórteres).

Antonomásia: É a figura que designa uma pessoa por uma característica, feito ou fato que a tornou notória.

A cidade eterna (em vez de Roma)

Sinestesia: Trata-se de mesclar, numa expressão, sensações percebidas por diferentes órgãos sensoriais.

Um doce abraço ele recebeu da irmã. (sensação gustativa e sensação tátil)

Antítese: é o emprego de palavras ou expressões de significados opostos.

Os jardins têm vida e morte.

Eufemismo: consiste em atenuar um pensamento desagradável ou chocante.

Ele sempre faltava com a verdade (= mentia)

Gradação ou clímax: é uma sequência de palavras que intensificam uma ideia.

Porque gado a gente marca,/ tangeferraengorda e mata,/ mas com gente é diferente.

Hipérbole: trata-se de exagerar uma ideia com finalidade enfática.

Estou morrendo de sede!

Não vejo você há séculos!

Prosopopeia ou personificação: consiste em atribuir a seres inanimados características próprias dos seres humanos.

O jardim olhava as crianças sem dizer nada.

Paradoxo: consiste no uso de palavras de sentido oposto que parecem excluir-se mutuamente, mas, no contexto se completam, reforçam uma ideia e/ou expressão.

Estou cego, mas agora consigo ver.

Perífrase: é uma expressão que designa um ser por meio de alguma de suas características ou atributos.

ouro negro foi o grande assunto do século. (= petróleo)

Apóstrofe: é a interpelação enfática de pessoas ou seres personificados.

Senhor Deus dos desgraçados!/ Dizei-me vós, Senhor Deus!” (Castro Alves)

Ironia: é o recurso linguístico que consiste em afirmar o contrário do que se pensa.

Que pessoa educada! Entrou sem cumprimentar ninguém.

 

EXERCÍCIO: FIGURAS DE LINGUAGEM

1. Classifique as figuras de linguagem presentes nos fragmentos abaixo:

a) Você é o sol da minha vida.

b) O pé do vaso está quebrado.

c) Seus olhos brilham como estrelas.

d) O tilintar dos metais.

e) Esse homem é uma fera!

f) Meu coração é um almirante louco.

g) O rapaz lhe estendeu uma folha. Era um poema.

h) Já lhe disse isso um milhão de vezes.

i) A mocidade é um noivado.

j) Bebeu dois copos cheios.

k) O tique-taque dos relógios.

l) O livro está cheio de orelhas.

m) O carro andava, corria, voava.

n) Ele entregou a alma a Deus.

o) As árvores são imbecis: se despem justamente quando começa o inverno.

 p) Oh, Deus, onde estás?

q) Existem pedras no caminho.

r) Quase morri de estudar.

s) Vi tudo com os meus próprios olhos.

t) Ele está lendo Jorge amado.

 

 

 

 


                                   LITERATURA DO 3º ANO DO ENSINO MÉDIO

Pré-Modernismo – (1902 – 1922)

          O Pré-Modernismo teve seu início em 1902, estabelecendo como limite as obras Os Sertões, de Euclides da Cunha, e Canaã, de Graça Aranha. Terminou em 1922, com a Semana de Arte Moderna.

         O movimento representou o momento de transição e de preparação para a fase de emancipação da literatura brasileira, o Modernismo.

         O Pré-Modernismo, que coexistiu com o Simbolismo e o Parnasianismo, apontou os problemas de nossa realidade cultural e social.

     O pré-modernismo é marcado pela marginalidade dos personagens e marca o rompimento com o academicismo.  

Principais autores:

  • Euclides da Cunha;

  • Lima Barreto;

  • Graça Aranha.

 

Modernismo -  (1922 – 1950)

         Principal movimento literário do século XX, o Modernismo rompeu com a tradição clássica e deu início à formação de uma identidade genuinamente brasileira na literatura.

         É inestimável o legado que o Modernismo deixou para o campo das artes no Brasil. Grande movimento artístico que eclodiu no final da segunda década do século XX, foi responsável por profundas transformações nas mais diversas manifestações artísticas, entre elas, a literatura. Ruptura com o passado, experimentalismo, transgressão dos cânones literários e a busca por uma literatura que falasse do Brasil para os brasileiros, longe da cultura europeizante, são elementos que nortearam o programa modernista.

         Impossível falar sobre o Modernismo brasileiro sem citar a Semana de Arte Moderna de 1922, evento realizado em São Paulo que representou um divisor de águas em nossa cultura. Embora não tenha sido o começo do movimento, haja vista que o processo de transformação de nossa arte iniciara no início do século XX influenciado pelas vanguardas europeias, a Semana, que aconteceu entre os dias 13 e 18 de fevereiro de 1922, aproximou e apresentou os principais nomes do movimento e chamou a atenção dos meios artísticos de todo país para o debate em torno das novas questões estéticas propostas por seus representantes. Entre seus principais organizadores, Guilherme de Almeida, Paulo Prado, Godofredo Silva Telles, Mário e Oswald de Andrade; esses dois últimos formaram, com o principal poeta modernista, Manuel Bandeira, aquela que ficou imortalizada como a tríade modernista, responsável por definir os novos parâmetros das letras brasileiras.

 

           O Modernismo brasileiro é tradicionalmente dividido em três diferentes fases: a primeira fase modernista, também conhecida como fase heroica; a segunda fase modernista, representada pela poesia e pelo romance de 1930, e a terceira fase modernista (alguns críticos literários consideram os escritores da última fase como pós-modernos), também conhecida como a geração de 45. Graças a nomes como Manuel Bandeira, Mário e Oswald de Andrade, Carlos Drummond de AndradeGraciliano RamosGuimarães RosaCecília MeirelesMurilo MendesClarice LispectorJoão Cabral de Melo Neto, entre outros, a literatura brasileira pôde, de fato, estabelecer-se como uma manifestação artística genuinamente brasileira, manifestação que contribuiu para a formação de nossa identidade cultural.

O modernismo é dividido em três momentos:

 

  • Primeira Fase: as principais características marcantes foram o radicalismo e a renovação estética, que tinha como um dos autores principais Manuel Bandeira;

  • Segunda Fase: as principais características eram as temáticas nacionalistas, que tinham como um dos autores principais Graciliano Ramos;

  • Terceira Fase: essa fase possui várias inovações linguísticas e artísticas, que tinha como um dos autores principais Clarice Lispector.

 

PÓS-MODERNISMO OU LITERATURA CONTEMPORANEA

(1950 ATÉ OS DIAS DE HOJE)

            Movimento contemporâneo que modificou as artes e arquitetura

           pós-modernismo é um movimento artístico, filosófico e cultural da contemporaneidade e é caracterizado pelas mudanças científico-tecnológicas, disseminação dos meios de comunicação social e uso desenfreado das tecnologias. Por vezes é também chamado de pós-modernidade ou pós-industrial,  nasceu em 1945, mas foi apenas em 1960 que começou seu processo de expansão pelos diversos setores sociais. Isso ocorreu por causa das transformações no âmbito tecnológico que influenciaram todos os aspectos sociais.  

           O mundo pós-moderno mescla os estilos, o real e imaginário, além de explorar as pluralidades sociais. É desta forma que as artes desse movimento acabam por se desenvolverem. Algumas das características da arte pós-moderna são: 

 

• Exploração do humor, do lúdico e da metalinguagem;

• Ligação entre linguagem artística com realidade multifacetada;

• Fragmentada, híbrida, sem hierarquia;

• Desconstrução de valores e pluralização dos gêneros;

• Espetacularização social, ou seja, transformar todos os aspectos do cotidiano um espetáculo;

• Abandono de suportes tradicionais;

• Uso das mídias e tecnologias para a composição de peças.

 

         

           A liberdade artística, o estilo mais espontâneo e a inovação são as principais características que marcam esse movimento.

 

Principais autores:

 

Ariano Suassuna;

Millôr Fernandes;

Paulo Leminski.

 

 

Principais Movimentos :

 

         A arte pós-moderna ou arte contemporânea criou e tem criado diversos movimentos estéticos. Conheça agora três das principais vanguardas. 

 

 1 - Pop Art

 

        A Pop Art surgiu na Inglaterra em 1960 e tem como principal representante o pintor e cineasta Andy Warhol (cineasta). Essa vanguarda utiliza as cores quentes e cores frias de tonalidades vibrantes, e se caracteriza por seu uma arte criada para as massas populares. Os artistas buscam ironizar o consumismo e a vida cotidiana, além de ser um contraponto do subjetivismo e hermetismo.

 

2 - Minimalismo 

 

         O Minimalismo se caracteriza pelo uso mínimo dos espaços e diminuição dos desperdícios tanto de materiais quanto de cores e formas. Foi uma vanguarda que influenciou diversos campos das artes como a arquitetura, música, desenho industrial, design, cinema. Os principais representantes desse movimento são Sol LeWitt, Samuel Beckett (dramaturgo e escritor), Robert Bresson (cineasta), Raymond Carver (designer). 

 

3 - Expressionismo Abstrato

 

         Essa vanguarda nasceu da união do Expressionismo e da arte abstrata. Foi o primeiro movimento artístico americano que ganhou destaque mundial. Entre suas principais características estão o rompimento com a pintura convencional, subjetivismo, improvisação e espontaneidade, além do uso de algumas figuras geométricas como as linhas, círculos e triângulos. Jackson Pollock, Arshile Gorky e Mark Rothko são alguns dos maiores representantes. 

 

ATIVIDADES:

 1 - O pré-modernismo foi um período da literatura marcado pela produção de textos em prosa. Na poesia pré-modernista, o autor de maior destaque nesse período foi:

a) Lima Barreto;

b) Alcântara Machado;

c) Raul Pompeia;

d) Augusto dos Anjos;

e) José de Alencar.

2 - Assinale a alternativa que enumera apenas escritores da literatura Pré-modernista brasileira:

a) Augustos dos Anjos, Lima Barreto, Raul Pompeia;

b) Euclides da Cunha, Monteiro Lobato, Alcântara Machado;

c) Machado de Assim, Lima Barreto, Augusto dos Anjos;

d) Lima Barreto, Euclides da Cunha, Graça Aranha;

e) José de Alencar, Euclides da Cunha, Oswald de Andrade.

3 - Assinale a alternativa correta para as características do Modernismo de 1922, também chamado de “fase heróica”: 

a) espírito polêmico e destruidor, valorização poética do cotidiano, nacionalismo, busca da originalidade a qualquer preço.

 b) Temática ampla com preocupação filosófica, predomínio do romance regionalista, valorização do cotidiano, nacionalismo. 

c) Espírito polêmico, busca da originalidade, predomínio do romance psicológico, valorização da cidade e das máquinas. 

d) Visão futurista, espírito polêmico e destruidor, predomínio da prosa poética, valorização da cidade e das máquinas.

 e) Valorização poética do cotidiano, linguagem repleta de neologismos, nacionalismo e busca da poesia na natureza.

 

4 - O Modernismo brasileiro preocupava-se em criar uma arte essencialmente brasileira. Entretanto, alguns dos primeiros escritores desse movimento estético, no Brasil, sofreram influências:

  1. do futurismo

  2. do Concretismo

  3. do Hiper-realismo

  4. da arte popular

  5. da arte cinética.

Assinale a alternativa INCORRETA sobre Pós-Modernismo:

A) A atitude fundamental da lírica é a recordação, o que pode resultar numa sobreposição temporal. Desta forma, o tempo se embaralha e presente e passado se fundem. No poema, são os fatos e não os verbos que determinam essa fusão temporal.

B) O texto é uma fusão de características da épica e da lírica. No que diz respeito à lírica, sobressaem a repetição, a concisão, a fusão entre sujeito e mundo evocado. E, sobre a épica, destacam-se a presença de personagens, uma história que se conta.

C) A atmosfera onírica que percorre o texto confere um caráter sobrenatural aos acontecimentos, permitindo que coisas impossíveis se realizem, tais como “lustra cuidadosamente seu próprio caixão” e “No quintal, um preto velho que morreu na Guerra do Paraguai rachando lenha”.

D) Este poema em prosa narra em primeira pessoa a história de um menino assombrado pela presença dos mortos de sua família. Tendo em vista o clima onírico em que os acontecimentos se desenrolam, não é possível saber quem é esse “menino medroso que espia todos eles”.