2º SD - 1º bimestre
Após realizar esta atividade a envie para o e-mail: sconceicao@prof.educacao.sp.gov.br até dia 25/09/2020. Não se esqueça de se identificar com nome completo, número e turma.
Faça o resumo do texto em seu caderno.
Obs.: Um resumo é um gênero textual que parte das informações mais relevantes de um texto, por isso, ele não deve ser nem curto demais e nem maior que o texto original. Leia o texto a ser resumido com atenção e, se possível, grife as passagens mais importantes depois transcreva com suas palavras utilizando a norma-culta, ou seja, não use abreviações e termos e/ou expressões informais.
Termos essenciais da oração: Sujeito e predicado
1. São termos essenciais da oração o sujeito e o predicado.
Sujeito é o ser sobre o qual se faz uma declaração.
Predicado é tudo aquilo que se diz do sujeito.
Assim, na oração:
O galo velho olhou de novo o céu. (M. Palmério)
Temos:
Sujeito: O galo velho;
Predicado: olhou de novo o céu.
2. Apesar de serem termos essenciais da oração, o sujeito e o predicado não precisam vir materialmente expressos. Assim, nos exemplos:
Adormeci num grande desânimo. (A. F. Schmidt)
No céu azul, dois fiapos de nuvens. (A. F. Schmidt)
O sujeito de adormeci é eu, indicado apenas pela desinência verbal. No segundo exemplo, é o verbo da oração que está subentendido. Diz-se, conforme o caso, que o sujeito ou o predicado estão elípticos ou ocultos.
O sujeito
Representação do sujeito
Os sujeitos da 1ª e da 2ª pessoas são, respectivamente, os pronomes pessoais eu e tu, no singular; nós e vós (ou combinações equivalentes: eu e tu, tu e ele, etc.), no plural.
Os sujeitos da 3ª pessoa podem ter como núcleo:
a) um substantivo:
Fabiano contava façanhas. (G. Ramos)
b) os pronomes pessoais ele, ela (singular); eles, elas (plural):
Ele se irá, creio, mas ficará ela. (M. de Assis)
c) um pronome demonstrativo, relativo, interrogativo, ou indefinido:
Aquilo é terra benta. (J. C. de Carvalho)
Qual é o caminho que leva ao teu país? (R. Couto)
Quem encabeçou o movimento? (A. de A. Machado)
Ninguém traz a menor notícia. (A. M. Machado)
d) um numeral:
Onde comem dois comem três. (G. Ramos)
e) uma palavra ou uma expressão substantivada:
O humilde não teme julgamento alheio. (G. Amado)
O por fazer é só com Deus. (F. Pessoa)
f) uma oração:
É provável que ela case outra vez. (M. de Assis)
Sujeito simples (determinado)
Quando o sujeito tem apenas um núcleo, isto é, quando o verbo se refere a um só substantivo, ou a um só pronome, ou a um só numeral, ou a uma só palavra substantivada, ou a uma só oração substantiva, o sujeito é simples. Esse o caso dos sujeitos atrás mencionados.
Sujeito composto (determinado)
É composto o sujeito que tem mais de um núcleo, ou seja, o sujeito constituído de:
a) mais de um substantivo:
Vozes, risos e palmas vieram lá de baixo. (E. Veríssimo)
b) mais de um pronome:
E assim galgamos ele e eu o rochedo. (J. Ribeiro)
c) mais de uma palavra ou expressão substantivada:
Falam por mim os abandonados de justiça, os simples de coração. (C. D. de Andrade)
d) mais de um numeral:
Passavam devagar, em fila, seis ou sete. (G. Amado)
e) mais de uma oração:
Era melhor esquecer o nó / e pensar numa cama igual à de seu Tomás da bolandeira. (G. Ramos)
Sujeito desinencial, elíptico ou oculto (determinado)
É aquele que não está materialmente expresso na oração, mas pode ser identificado:
a) pela desinência verbal:
Gosto de chuva, Pedro. (L. Jardim)
O sujeito de gosto, indicado pela desinência -o, é o pronome eu.
b) pela presença do sujeito em outra oração do mesmo período ou de período contíguo:
O funcionário riu com esforço, e despediu-se enojado. Entrou numa livraria. (A. M. Machado)
O sujeito de riu e despediu-se é o funcionário, mencionado apenas na primeira oração, antes de riu. E é também o sujeito do verbo entrou, pertencente ao período seguinte.
Sujeito indeterminado
Quando o verbo não se refere a uma pessoa determinada, ou por se desconhecer quem executa a ação, ou por não haver interesse no seu conhecimento, diz-se que o sujeito é indeterminado. Nestes casos, põe-se o verbo:
a) ou na 3ª pessoa do plural:
Anunciaram que você morreu. (M. Bandeira)
b) ou na 3ª pessoa do singular, com o pronome se:
Não se falava dele no Ateneu. (R. Pompeia)
Oração sem sujeito
Não deve ser confundido com o sujeito indeterminado, que existe, mas não se pode ou não se deseja identificar, com a inexistência do sujeito.
Em orações como as seguintes:
Chove.
Anoitece.
Faz frio.
Interessa-nos o processo verbal em si, isto é, o predicado, pois este não se refere a nenhum sujeito, já que não o atribuímos a nenhum ser. Diz-se, então, que o verbo é impessoal; e o sujeito, inexistente.
Eis os principais casos de oração sem sujeito:
a) com verbos ou expressões que denotam fenômenos da natureza:
De noite choveu muito. (J. Montello)
b) com o verbo haver na acepção de "existir":
Há flores, vidros, luz e sombra na casa das seis mulheres. (R. Braga)
c) com o verbo haver, quando indica tempo decorrido:
Já estou aqui há dois dias. (J. G. Rosa)
d) com os verbos ser, fazer e ir, na indicação de tempo em geral:
Era inverno na certa no alto sertão. (J. L. do Rego)
Aí vai esse poema escrito faz um ano. (M. de Andrade)
Vai para uns quinze anos escrevi uma crônica do Curvelo. (M. Bandeira)
Da atitude do sujeito
Com os verbos de ação
Quando o verbo exprime uma ação, a atitude do sujeito com referência ao processo verbal pode ser de atividade, de passividade, ou de atividade e passividade ao mesmo tempo.
1. Neste exemplo:
Sílvia cobriu os olhos com as mãos. (O. L. Resende)
O sujeito Sílvia executa a ação expressa pela forma verbal cobriu. O sujeito é, pois, o agente.
2. Neste exemplo:
A população do globo foi aumentada pelos dois em escala razoável. (C. D. de Andrade)
O sujeito a população do globo não pratica a ação. O sujeito, no caso, sofre a ação; é dela o paciente.
3. Neste exemplo:
Vestiu-se às pressas assobiando trechos do Trovador. (M. Bandeira)
A ação é simultaneamente exercida e sofrida pelo sujeito ele, que é, a um tempo, o agente e o paciente dela.
Com os verbos de estado
Quando o verbo evoca um estado, a atitude da pessoa ou da coisa que dele participa é de neutralidade. O sujeito, no caso, não é o agente nem o paciente, mas a sede do processo verbal, o lugar onde ele se desenvolve:
A prova é esta carta. (C. D. de Andrade)
O mar está muito calmo. (R. Braga)
Os caixotes continuam fechados. (J. Montello)
O gás anda fraquíssimo. (C. D. de Andrade)
Tipos de predicado
O predicado pode ser nominal, verbal ou verbo-nominal.
Predicado nominal
O predicado nominal é formado por um verbo de ligação + predicativo do sujeito.
1. O verbo de ligação
Os verbos de ligação servem para estabelecer a união entre duas palavras ou expressões de caráter nominal. Não trazem propriamente ideia nova ao sujeito; funcionam apenas como elo entre este e o seu predicativo.
Os verbos de ligação podem expressar:
a) estado permanente:
O fato é vulgaríssimo. (E. da Cunha)
b) estado transitório:
Os caboclos estavam desconfiados. (G. Ramos)
c) mudança de estado:
Fiquei sensibilizadíssimo. (D. S. de Queirós)
d) continuidade de estado:
O rapaz continua indeciso. (C. D. de Andrade)
e) aparência de estado:
Os olhos pareciam uma posta de sangue. (J. A. de Almeida)
2. O predicativo do sujeito
Predicativo do sujeito é o termo do predicado nominal que se refere diretamente ao sujeito.
Pode ser representado por:
a) substantivo ou expressão substantivada:
Eras marido e filho? (M. Bandeira)
Não, eu não era o 301. (F. Sabino)
b) adjetivo ou locução adjetiva:
Ele ficou pasmo, sem palavras. (C. D. de Andrade)
c) pronome:
Nunca fora nada na vida... (M. Lobato)
d) numeral:
Duas são as representações elementares do agradável realizado. (R. Pompeia)
e) oração:
O pior é que parti os óculos. (O. L. Resende)
Predicado verbal
O predicado verbal tem como núcleo, isto é, como elemento principal da declaração que se faz do sujeito, um verbo significativo.
Verbos significativos (ou nocionais) são aqueles que trazem uma ideia nova ao sujeito. Podem ser intransitivos e transitivos.
Verbos intransitivos não necessitam de complemento, pois carregam o sentido completo em si mesmos.
Nesta oração:
Cedo, a noite caía. (J. Montello)
Verificamos que a ação está integralmente contida na forma verbal caía. Tal verbo é, pois, intransitivo, ou seja, não transitivo: a ação não vai além do verbo.
Verbos transitivos
Nestas orações:
— Não tenho dinheiro. O Senhor te abençoe. (M. Bandeira)
Vemos que as formas verbais tenho e abençoe exigem uma palavra para completar-lhes o significado. Como o processo verbal não está integralmente contido nelas, mas se transmite a outro elemento (o substantivo dinheiro e o pronome te), estes verbos se chamam transitivos.
Os verbos transitivos podem ser diretos, indiretos, ou diretos e indiretos ao mesmo tempo.
1. Verbos transitivos diretos.
Nestas orações:
Abrirei o portão. Verei meu filho? (O. Lins)
A ação expressa por abrirei e verei se transmite a outros elementos (o portão e meu filho) diretamente, ou seja, sem o auxílio de preposição. Por isso, são chamados transitivos diretos, e o termo da oração que lhes integra o sentido recebe o nome de objeto direto.
2. Verbos transitivos indiretos.
Nestes exemplos:
A população da Vila assistia ao embarque. (M. Palmério)
Um poeta, na noite morta, não necessita de sono. (C. Meireles)
A ação expressa por assistia e necessita transita para outros elementos da oração (o embarque e sono) indiretamente, isto é, por meio das preposições a e de. Tais verbos são, por conseguinte, transitivos indiretos. O termo da oração que completa o sentido do verbo transitivo indireto denomina-se objeto indireto.
3. Verbos transitivos diretos e indiretos.
Nestes exemplos:
Capitu preferia tudo ao seminário.
Não lhe arranquei mais nada. (M. de Assis)
A ação expressa por preferia e arranquei transita para outros elementos da oração, a um tempo, direta e indiretamente. Por outras palavras: estes verbos requerem simultaneamente objeto direto e objeto indireto para completar-lhes o sentido.
Observação:
Como há verbos que se empregam ora como de ligação, ora como significativos, convém atentar sempre no valor que apresentam em determinado texto para classificá-los com acerto. Comparem-se, por exemplo, as frases:
Na primeira coluna, os verbos estar, andar, ficar e continuar são verbos de ligação; na segunda, verbos significativos ou nocionais.
Predicado verbo-nominal
Não apenas os verbos de ligação se constroem com predicativo do sujeito. Também verbos significativos podem ser empregados com ele.
Neste exemplo:
As fisionomias respiram aliviadas... (L. Barreto)
O verbo respirar é significativo, e aliviadas refere-se a fisionomias, de que é uma qualificação.
A este predicado misto, que possui dois núcleos significativos (um verbo e um predicativo), dá-se o nome de verbo-nominal.
Variabilidade de predicação verbal
A análise da transitividade verbal é feita de acordo com o texto e não isoladamente. O mesmo verbo pode estar empregado ora intransitivamente, ora transitivamente; ora com objeto direto, ora com objeto indireto. Comparem-se estes exemplos:
Fonte: https://www.aulete.com.br/gram/cap05-03-termos_essenciais_da_oracao
Aproveitamento de leitura...
(Unifesp – SP)
Enlace
No convento da senhorita Sandra Carvalho e cirurgião plástico Nóbrega Pernotta, contraíram carmelitas ontem as próprias testemunhas sendo seus pais os laços matrimoniais.
Millôr Fernandes. IstoÉ. São Paulo: Três, 24 abr. 1992.
A graça, no texto de Millôr, decorre da:
Alteração dos sentidos das palavras, já que a forma de organizá-las sugere outro significado, diferente de enlace, proposto no título.
Transgressão do princípio sintático de articulação das palavras, o que acaba por criar associações inusitadas e singulares.
Desorganização total do texto, que faz com que o leitor tente ordenar as palavras para entendê-lo – o que não é possível.
Organização das palavras segundo os padrões sintáticos da língua, o que garante a manutenção do sentido do texto.
Articulação das palavras dentro das convenções da língua, mas com outros matizes de significação, o que altera, por exemplo, o sentido do título.
Reescreva o texto do exercício anterior, reconstituindo sua estrutura sintática, de maneira a dar-lhe coerência e sentido.
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Leia estes dois textos:
Texto 1 (Carta publicada na seção “Opinião do leitor” de um jornal
Em São Paulo, implementaram uma indústria da multa que fica cada vez mais faminta. Agora, em um trecho de uma avenida o limite é 70 km/h e, duas quadras à frente, cai para 60. E o motorista, além de ficar atento à confusão do trânsito, tem que se prevenir contra essas armadilhas.
Texto 2 (Trecho de uma entrevista)
Entrevistador: Você começou no teatro. Como foi o início?
Ator: Ah... isso foi meio por acaso, eu era desligado com essas coisas... de futuro... profissão... mas chega uma hora né... que você se sente pressionado... você tem que achar o seu caminho. Aí, um dia, botei na cabeça que ia ser ator.
No trecho 1, o que teria levado o produtor do texto a empregar o verbo implementaram na 3ª pessoa do plural?
No trecho 2, o pronome você aparece na fala dos dois interlocutores. Ambos empregaram esse pronome com a mesma finalidade? Justifique.
Existe um ponto em comum entre a opção do produtor do trecho 1 pelo verbo em 3ª pessoa do plural e a opção do ator pelo pronome você? Justifique.
Os recursos referidos no item c são comumente usados nas mesmas situações de comunicação? Explique.
Considere estas duas regras básicas de concordância verbal:
Se o sujeito é simples, o verbo concorda com o núcleo dele, independentemente da ordem em que ambos se apresentam na oração;
2. Se o sujeito é composto, há duas opções:
- o verbo concorda no plural quando ocorre depois do sujeito;
- o verbo pode concordar no plural ou só com o primeiro núcleo quando ocorre antes do sujeito.
Agora, reescreva as orações abaixo, identifique o (s) núcleo (s) de seus respectivos sujeitos e complete-as com a (s) forma(s) verbal (is) que torna(m) correta a concordância.
O péssimo estado de conservação dos barcos _______________ em risco a segurança dos passageiros. (põe – põem)
Do velho armazém da fazenda, _____________, depois da longa semana de chuvas, apenas algumas paredes em ruínas. (restou – restaram)
Com a estiagem, _____________, no meio da represa, a igrejinha e as casas do antigo vilarejo. (reapareceu – reapareceram)
Com a estiagem, _____________, no meio da represa, as casas e a igrejinha do antigo vilarejo. (apareceu – reapareceram)
Considere esta frase:
As instruções são claras; não aparecerão dúvidas.
Por que o verbo aparecer está flexionado no plural?
Mantendo o tempo verbal (futuro do presente), reescreva a frase quatro vezes, substituindo seu verbo por:
surgir 2. restar 3. existir 4. haver
Na resposta ao item b, qual verbo não foi para o plural? Por quê?
Identifique e classifique o sujeito e o predicado das orações a seguir:
Não havia erros no texto felizmente.
Discutiu-se o plano o dia inteiro.
Bateram à porta agora há pouco.
A praia branca brilhava sob o sol.
Ela, você e seu pai viverão bem na fazenda.
A torcida e os jogadores comemoraram a conquista do campeonato.
Consideramos a sua justificativa e iremos lhe dar uma nova chance.
Foste ao cinema ontem?
Bons estudos!